Indústria deseja prorrogação do IPI menor para material de construção
Benefício tem prazo para acabar no final de junho, com um impacto fiscal de R$ 238 milhões
17 de junho de 2009 - A Abramat (Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção) já iniciou sua campanha para prorrogar os benefícios fiscais do setor e informou que, nesta quarta-feira, participará de reuniões em Brasília para explicar as vantagens do incentivo.
O presidente da Abramat, Melvyn Fox, participará da reunião do Grupo de Acompanhamento da Crise, no Ministério da Fazenda. Durante o encontro ele apresentará estudos da conjuntura atual da construção civil feitos pela FGV-Projetos.
A entidade informou que nos levantamentos estão os efeitos das medidas tomadas para estímulo do setor no primeiro quadrimestre, principalmente a desoneração do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados).
"Recomendamos a ampliação do prazo em que a redução do imposto incidirá sobre os materiais de construção, já que o ciclo de uma obra é de cerca de seis meses a dois anos, e os efeitos na cadeia produtiva não são imediatos como em outros setores, como automóveis e eletrodomésticos", afirmou Fox.
A Abramat informou que também apresentará estudo dos benefícios que teria o setor com uma desoneração do ICMS e do PIS/Cofins. A entidade reivindicará também a inclusão de outros itens na lista de materiais contemplados pelo IPI menor.
Em abril, o governo anunciou a isenção de IPI para a compra de cerca de 20 grupos de produtos. Outros materiais tiveram apenas redução do imposto. O benefício tem prazo para acabar no final de junho, com um impacto fiscal de R$ 238 milhões.
Vendas
As vendas de materiais de construção no varejo vêm despencando desde o agravamento da crise econômica, em setembro, fazendo com que o desempenho acumulado nos últimos 12 meses terminados em abril tenha alta de apenas 0,3%.
Em setembro de 2008 --mês em que a crise global ganhou força--, o desempenho nos 12 meses teve elevação de 12,2%, conforme dados divulgados nesta terça-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dentro da PMC (Pesquisa Mensal de Comércio).
De janeiro a abril, as vendas de materiais de construção no varejo caíram 11,4% frente a igual período em 2008. Em abril, na comparação com março, a redução foi de 3,5%. E em relação a abril de 2008, a queda chega a 15,8%.
Fonte: Folha Online