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Infraestrutura atrai capital de fundos

Texto: Redação AECweb

Mills, que atua na prestação de serviços, tem 27,5% de seu capital nas mãos da IP e Axxon Group

05 de setembro de 2009 - A vitória do Rio de Janeiro para sediar a Olimpíada de 2016 foi comemorada efusivamente pelos brasileiros, mas teve sabor especial para as empresas que atuam no setor de infraestrutura.

Ao lado da Copa do Mundo e da esperada expansão de diferentes setores, que vão da energia ao transporte, o evento é garantia de uma infinidade de obras. Essa demanda chama a atenção tanto de fundos de participação, que buscam oportunidades em empresas nacionais com capacidade de expansão, quanto de multinacionais interessadas no mercado brasileiro.

Com faturamento de R$ 450 milhões e 3,2 mil funcionários, a carioca Mills - que atua na manutenção e montagem industrial - chamou a atenção dos fundos Investidor Profissional (IP) e Axxon Group. Cada uma tem 13,75% da companhia e ambas possuem assento no conselho.

O ciclo curto e a geração de caixa maior do que a do setor imobiliário animam esse tipo de investidor, que tem tradição de investimento no mercado imobiliário - sobretudo nos últimos três anos.

A Mills tem planos de abrir capital no próximo ano e o empurrão desses sócios, que já financiaram a aquisição da Jahu (que atua na construção residencial) deve ser providencial. "O mercado é cíclico, mas o setor de infraesturura tem pelo menos mais dez anos de crescimento contínuo", afirma Ramon Vazquez, presidente da Mills.

A empresa sempre atuou na manutenção de refinarias, plataformas offshore, escoramento de pontes e aluga formas, andaimes e plataformas aéreas para construção industrial e comercial e agora está reforçando sua presença no mercado residencial, onde atua para empresas como Goldfarb, Gafisa e MRV. Está começando a vender e alugar fôrmas para habitações populares. Fechou o primeiro contrato com a mexicana Homex no Brasil.

Outro segmento onde a empresa pretende atuar é a construção de estádios para a Copa do Mundo - especialmente os privados, como Brasília e Curitiba, cujos projetos estão mais adiantados.

A consultoria na área de infra-estrutura é outro mercado que deve crescer nos próximos anos. Com atuação em 100 países e receita US$ 6,1 bilhões, a multinacional americana AECOM, que participou dos projetos dos Jogos Olímpicos de Londres em 2012, está se preparando para montar uma plataforma de negócios no Brasil, país que foi definido como foco mundial da companhia. Hoje, a empresa tem uma atuação tímida no Brasil, concentrada na área de consultoria ambiental, através da Enser.

Segundo Paulo Coelho, presidente da empresa no Brasil, a AECOM avalia a aquisição de empresas no país e a realização de joint ventures. "Estamos montando nosso portfólio de negócios no Brasil, mas a ideia é ter uma atuação ampla no mercado", afirma.

Além da Olimpíada de Londres, a empresa fez a consultoria de engenharia e design do metrô da Second Avenue, em Nova York e o programa de reconstrução da Líbia e de implantação de sua infraestrutura. Os principais mercados são China, Oriente Médio e América do Norte.

Fonte: Valor Econômico

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