menu-iconPortal AECweb

Instituição cria fundo para financiar construção de 38 usinas solares no Brasil

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

O fundo será administrado pelo BTG Pactual e promete retorno de IPCA+14% aos investidores

foto de uma usina solar
Para o diretor da Brasil Solar, Rafael D’Angelo, a oportunidade tem rentabilidade previsível e atrativa (Foto: Mark Agnor/Shutterstock)

13/09/2022 | 11:27 – Especializada em geração distribuída e com o intuito de expandir o mercado de energia solar no Brasil, a Usinas Brasil Solar (BRS) anunciou um novo investimento no mercado: a criação do Fundo de Investimentos em Participação em Projetos de Infraestrutura (FIP-IE), o OBB Brasil Solar, que construirá 38 usinas solares.

A proposta foi estruturada em várias fases. De forma simplificada, as etapas incluem angariar investidores, acumular capital, financiar a construção das 38 usinas solares e fomentar a economia relacionada à energia solar no país.

Investidores

A primeira fase da proposta, administrada pelo BTG Pactual e gerida pela OBB Capital, é a captação de investidores — e, consequentemente, capital. Ao estipular as metas e orçamentos necessários para colocar o projeto em prática, a instituição contou que, até o fim de 2022, tem o objetivo de levantar R$ 400 milhões. Em 2023, o intuito é captar outros R$ 500 milhões.

Para isso, ainda neste ano, a instituição aceitará parcerias somente com investidores profissionais, ou seja, que possuam patrimônio mínimo de R$ 10 milhões. A partir de janeiro, todavia, as parcerias serão flexibilizadas e os investidores qualificados (que possuam patrimônio mínimo de R$ 1 milhão) também poderão se associar à iniciativa, com valores mínimos de aplicação de R$ 50 mil.

Somando os investimentos, a OBB pretende viabilizar mais de 65 megawatts (MW) em projetos, através da construção de 38 usinas solares no país — todas elas na região Sudeste.

Para o diretor da Brasil Solar, Rafael D’Angelo, a oportunidade ainda tem rentabilidade previsível e atrativa — e, ao falar sobre cálculos, contou que o retorno almejado é de IPCA+14% ao ano. D’Angelo também explicou que a alta rentabilidade possui dois motivadores principais: a expertise da Brasil Solar em projetos de energia fotovoltaica e o valor alto da energia no Brasil.

Essa expertise é justificada pela verticalização da companhia, já que ela monitora o processo da instalação das placas solares à gestão dos projetos. Para o diretor, ainda que encontre intermediários no processo, o cliente sente a segurança que o domínio de todas as etapas proporciona. “A gente cuida de tudo. Teremos uma central de controle em Barueri, na nossa sede, com monitoramento remoto de todas as usinas e uma equipe preparada para fazer reparos quando necessário. Garantimos que não haverá ‘surpresas’ para o investidor”, diz.

Além disso, ao explicar o fato de uma alta cobrança no valor da energia ser um incentivador para o projeto, D’Angelo afirma que as grandes cobranças permitem ao consumidor final um desconto maior no valor pago. Além disso, ainda garante rentabilidade para empresas do setor — principalmente considerando que o Brasil possui a segunda energia elétrica mais cara do mundo, segundo a Agência Internacional de Energia (IEA).

Construção de usinas solares

Rafael D’Angelo explicou que a ideia de criar um fundo de investimentos surgiu do Marco Legal de Geração Distribuída (Lei 14.300/2022) e deu detalhes sobre a construção das futuras usinas. Serão 38 unidades, que utilizarão os recursos do fundo, em especial, para a compra de equipamentos e painéis solares, concentradas nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

O motivo da preferência pela Região Sudeste é a combinação de benefícios que eles proporcionam, já que conciliam um tripé de tarifas de energia atrativas, benefícios fiscais e grande demanda por energia. Não serão feitas aquisições de terrenos com o dinheiro angariado, e sim arrendamentos para instalar as placas solares em cada um dos locais. Cada usina nova será de 1MW, com a possibilidade de expandir a produção para 2,5MW.

Segundo os cálculos, serão gerados cerca de 1.800 Mwh/ano — o suficiente para abastecer em torno de mil residências de consumo médio no Brasil. Entretanto, o produto da usina será inicialmente direcionado a estabelecimentos comerciais de pequeno e médio porte – que visam a redução dos custos com energia na comparação com o sistema tradicional de abastecimento.

Atualmente, duas usinas da Brasil Solar estão prestes a entrar em operação: a Avelar 1 e Avelar 2, no Rio de Janeiro. Cada uma tem 1MW de potência, como manda o padrão da empresa. Individualmente, atendem hoje 24 clientes, somadas em igual parte. São predominantemente restaurantes e escritórios, mas a ideia da companhia é focar cada vez mais na diversificação desse público, formando as bases para atender clientes pessoa física.

x
Gostou deste conteúdo? Cadastre-se para receber gratuitamente nossos boletins: