Licenciamento de obras no Distrito Federal cresceu 20% em 2021
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Foram emitidos mais de 2,2 mil alvarás de construção no ano passado, atenuando momentos críticos da crise provocada pela pandemia
Os processos foram desburocratizados pela Central de Aprovação de Projetos (CAP) (Foto: Bannafarsai_Stock/Shutterstock)
10/01/2022 | 15:12 – Em um período crítico vivido pela economia brasileira por conta da pandemia de Covid-19, durante o ano de 2021, um setor capaz de atenuar as consequências dessa circunstância no Distrito Federal foi o da construção. Só no último ano, foram mais 2,2 mil alvarás de construção emitidos pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que contou até com a desburocratização dos processos de emissão desses documentos pela Central de Aprovação de Projetos (CAP) — órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).
Esses números representam um crescimento de 20% na quantidade de licenciamentos em relação ao ano anterior, fruto de políticas públicas que promovem qualidade de vida e aquecimento de economia local. Ao impulsionar e facilitar transações no setor da construção civil, o GDF estimulou a indústria da edificação, gerou empregos e renda, incentivou o desenvolvimento urbano e emitiu mais de 1,5 mil certificados do Habite-se — que regulariza as obras de imóveis de acordo com a Prefeitura local.
Em suma, os mais de 2 mil alvarás contemplam documentos liberados em tempo recorde, dentre residências e grandes empreendimentos. Ao todo, as áreas licenciadas superaram os 3,8 milhões de metros quadrados – 33% a mais que o ano anterior. “Esse crescimento foi fundamental para atenuar os impactos da crise econômica, especialmente para gerar empregos no ramo da construção civil e possibilitar a criação de novas unidades imobiliárias regulares, fazendo frente à demanda e ajudando a combater a ocupação desordenada”, comemora Mateus Oliveira, secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação.
Dentre as obras de maiores destaques do ano estão o Complexo Esportivo de Brasília, que ganhará um centro cultural, gastronômico e de lazer, com investimento estimado em R$ 700 milhões e potencial para gerar até 4 mil empregos; e o Museu de Arte, Ciência e Tecnologia, que utilizará o espaço cedido pelo prédio do antigo Touring Club, e ganhará investimento estimado de R$ 160 milhões.
Além deles, o Distrito Federal ainda contará com o novo Parque da Cidade Dona Sarah Kubitschek — uma iniciativa da Seduh, relacionada ao lazer e à prática esportiva — e com a reforma do Autódromo de Brasília, que ganhou nova gestão: do Banco de Brasília (BRB). O intuito da repaginação é transformá-lo em uma arena multiuso e devolver o equipamento à população. Também estão inclusas as obras de urbanização — que terá novas praças, novo mobiliário urbano, requalificação de avenidas, reformas em geral, nivelamento de calçadas, desenvolvimento de acessibilidade com piso tátil e rampas, arborização, paisagismo, obras de pavimentação e sinalização.
“Os problemas mais graves foram resolvidos. Hoje é mais fácil percorrer as cidades e ver calçadas em boas condições, meios-fios e pistas. São cidades com urbanização avançada. Há coisas em fase inicial, mas, perto do que recebemos em 2019, a situação está muito melhor”, avalia Luciano Carvalho, secretário de Obras e Infraestrutura.