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Locadora de máquinas sofre com burocracia

Texto: Redação AECweb

Demora na liberação de verbas, de concessões ambientais e disputas jurídicas são apontadas como principais entraves para a execução das obras públicas

03 de agosto de 2012 - A Associação Paulista dos Locadores de Máquinas para a Construção Civil (Apelmat) culpa a burocracia pela crise enfrentada em 2012. Segundo a entidade, 60% da frota das pequenas e médias empresas de locação do Estado de São Paulo está parada nos pátios. O setor, termômetro da atividade da construção civil, reclama da demora na liberação de verbas por parte do governo. "O pátio está cheio, tem empresa fechando, demitindo. Estamos endividados", reclama o diretor do Conselho Técnico da Apelmat, Wanderley Correia.

A demora na liberação de verbas, de concessões ambientais e disputas jurídicas são apontadas como principais entraves para a execução das obras públicas. Ao criticar os governos federal e estadual, a associação cita obras que, segundo ela, estão em ritmo lento. "Falam que o Rodoanel está a todo vapor, isso é uma inverdade. Onde está o PAC?", questiona o diretor. A inadimplência e a queda no preço do aluguel são outros problemas enfrentados pelos empresários que dizem ter perdido 40% de receita em 2012.

Segundo a Apelmat, em 2009 e 2010, o governo incentivou a compra de novos equipamentos e deu sinais de que 2012 seria um ano de muitas obras, mas não atendeu às expectativas. "Prometeram nove mil obras, R$ 1 trilhão em investimentos. Quando o governo fala para comprar, o empresário compra. Não foi uma compra irresponsável. O governo prometeu e agora a gente fica com o abacaxi na mão." Os empresários reclamam ainda das taxas cobradas sobre os empréstimos, feitos na época que a Selic estava mais alta.

Dados da Apelmat apontam que 40% das empresas já demitiram. O diretor diz que essa é a última alternativa, já que grande parte investiu em treinamento de mão de obra. "Se eu demito o funcionário, é ruim para mim. Porque quando eu precisar contratar, ele não está mais no mercado e eu tenho de gastar mais uma vez com treinamento."

Os números da associação apontam ainda queda de faturamento de 30% entre 2010 e a previsão para 2012. O setor, que faturou R$1,2 bilhão em 2010, não deve passar dos R$840 milhões em 2012, segundo a Apelmat.

Fonte: O Estado de São Paulo

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