Lopes prevê R$ 12,5 bi em 2010; meta do setor é crescer 15%
Em 2009, o valor geral de vendas da companhia será de R$ 9 bilhões
10 de dezembro de 2009 - Depois de um período de redução dos lançamentos, as empresas do setor imobiliário voltam a anunciar previsões otimistas para o ano que vem, baseadas no bom resultado de vendas registrado em 2009. A expectativa é de que este mercado cresça de 10% a 15% em 2010, aponta o Sindicato da Habitação (Secovi-SP).
"Este ano tivemos um número reduzido de lançamentos, porém as vendas terão crescimento de até 3,6%, na comparação com 2008", disse Celso Petrucci, economista- chefe da entidade.
Um exemplo é a Lopes, de consultoria imobiliária e com atuação em 11 estados, que divulgou ontem uma projeção de vendas de R$ 12 bilhões a R$ 12,5 bilhões em 2010. Em 2009, o valor geral de vendas da companhia será de R$ 9 bilhões.
A Arriola Administradora de Bens e Condomínios, que atua na região metropolitana, no interior e no litoral de São Paulo, prevê um crescimento de 30% no faturamento de 2010.
Em São Paulo, o índice de venda-sobre-oferta (VSO), que mede o desempenho das vendas em relação ao estoque de lançamentos disponíveis, bateu recorde em setembro e alcançou a marca de 30,8%. A previsão para 2009 era de 12%, mas no acumulado do ano registra média de 16,3%. "Por conta da crise, as empresas preferiram liquidar os estoques e lançar menos", ressaltou o economista do Secovi.
De janeiro a setembro deste ano, as 18 companhias de capital aberto do setor imobiliário lançaram R$ 13,4 bilhões e alcançaram R$ 16,4 bilhões em vendas. Nos dois anos anteriores, o volume total de lançamentos foi de R$ 26,4 bilhões e R$ 29,2 bilhões. Na cidade de São Paulo, devem ser lançados de 26 mil a 28 mil imóveis este ano, contra 34 mil no ano anterior, aponta a Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
Embora otimista com as perspectivas do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", lançado em março pelo governo federal, o Secovi estima que o número de contratações pela Caixa Econômica Federal (CEF) não alcance a meta de 400 mil unidades prevista pelo banco. "Por conta de entraves ambientais e burocráticos, acreditamos que a entidade deva aprovar de 250 mil a 300 mil unidades em todo o País", declarou Flávio Prando, vice-presidente de Habitação do Secovi.
Fonte: DCI