Mais de um 1,3 milhão de m² são sustentáveis no Brasil
Segundo o Green Building Council Brasil 54 empreendimentos já receberam a certificação LEED no País, outros 490 buscam o selo
25 de junho de 2012 - O setor de construção civil é o que mais impacta o meio ambiente. A boa notícia é que o mercado já vem se engajando na adoção de práticas sustentáveis que diminuem esses impactos e hoje o mundo tem mais de 219 milhões de m² certificados pelo sistema LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) e outros 942 milhões pleiteando o selo. No Brasil, os 54 empreendimentos que já receberam o selo somam mais de 1,3 milhão de m², mas há outros 20 milhões em busca da certificação.
Isso significa que no projeto e na obra desses empreendimentos foram atendidos critérios como eficiência energética; uso racional da água; utilização de materiais e recursos ambientalmente corretos; qualidade ambiental interna; espaço sustentável; inovações e tecnologias.
“Os compromissos de redução dos impactos ambientais que as cidades devem assumir, como os que estão sendo discutidos na Rio+20, tem o setor de construções sustentáveis como grande aliado. Os empreendimentos construídos de forma sustentável deixam de lançar toneladas de CO2 para a atmosfera, desviam resíduos sólidos de aterros sanitários e reduzem as ilhas de calor típicas dos grandes centros urbanos. Isso se reflete em benefícios financeiros, sociais e ambientais para toda a sociedade e empresas envolvidas na cadeia”, explica Marcos Casado, gerente técnico do GBC Brasil, organização responsável por fomentar a indústria de construções sustentáveis e a certificação LEED no País.
Os benefícios não param por aí, a certificação LEED traz diversas outras vantagens para os empreendimentos, tais como: redução dos custos operacionais em toda a vida útil (água e energia), melhora da qualidade interna (com o aumento da luminosidade, diminuição do uso do ar condicionado), valorização do imóvel, além do reconhecimento da organização na aplicação dos conceitos relacionados à sustentabilidade, que é um grande diferencial de marketing. O consumo de energia é 30% menor, há também redução de até 50% no consumo de água, de até 80% nos resíduos e uma valorização de 10% a 20% no preço de revenda, além de redução média de 9% no custo de operação do empreendimento durante toda a sua vida útil.
“A falta de conhecimento dos benefícios ainda é a grande barreira. Hoje se constrói de forma sustentável com um custo adicional de apenas 1% a 7% em relação a uma obra convencional. Esse investimento é facilmente recuperado com a redução dos custos operacionais em toda a vida útil do prédio”, disse Casado.
Fonte: Green Building Council Brasil