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Mão de obra encarece o custo da construção

Texto: Redação AECweb

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da redução do IPI para os insumos


20 de janeiro de 2011 - O setor de construção civil segue uma linha crescente, com "boom" registrado nos últimos cinco anos. As linhas de financiamento, redução de IPI e os planos habitacionais de moradia popular impulsionaram o segmento. Segundo a Associação dos Comerciantes de Material para Construção (Acomac) de Marília a oferta de mão de obra menor que a necessidade do mercado encareceu a prestação de serviços.

Na avaliação do presidente da Acomac de Marília, Danilo Salioni, mais do que Índice Nacional de Custo da Construção (INC) que regula os preços dos produtos, a mão de obra foi uma das principais responsáveis pelo aumento no custo da construção civil. "Hoje falta mão de obra qualificada e as que têm estão supervalorizadas", frisou.

A afirmação de Salioni é compartilhada por comerciantes do setor. Para a empresária Sueli Pereira Lapalomaro os reajustes sobre os preços dos produtos de acabamento, por exemplo, vieram somente para atualizar uma tabela já defasada, no entanto o custo da mão de obra tem encarecido a construção. A tinta e algumas marcas de revestimento aumentaram em média 7%, enquanto que a mão de obra subiu 10%.

Na contra mão dos avanços dos preços dos produtos e prestação de serviço, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou a prorrogação da redução do IPI para materiais de construção para até o dia 31 de dezembro deste ano. A desoneração valeria até o dia 31 de dezembro de 2010.

"A redução do IPI foi mantida até o final do ano e buscamos a isenção permanente em alguns produtos. No entanto, a grande procura pela mão de obra fez o custo da obra ir lá em cima. O bom profissional está com excesso de trabalho. Aí ele cobra o dobro", disse Sueli Lapalomaro.

Segundo ela, o setor da construção civil vem crescendo há duas décadas e nesse período a mão de obra não se qualificou. Conclusão: hoje o número de profissionais preparados é menor que a demanda. "O setor só não está mais aquecido por que falta a mão de obra qualificada. Tem obras paradas por falta de mão de obra", salientou.

Para a empresária mesmo com o aumento em alguns materiais o setor vai se manter em alta. Para acompanhar o ritmo das obras, a dica dos lojistas é para que os interessados em ingressar na construção civil se atualizem. Os materiais evoluíram, exigem novas técnicas de preparo e instalação e muitos trabalhadores do setor não estão preparados para essa nova realidade de mercado.

Promoções

Com os preços subindo a saída para as lojas de materiais de construção é apostar nas promoções. Descontos nas compras à vista e facilidades no crediário são algumas alternativas oferecidas aos clientes.

Segundo o presidente da Acomac de Marília, Danilo Salioni, as empresas do setor tem trabalhado com formas de venda diferenciadas e financiamentos a longo prazo para manter o ritmo de vendas. Condições que de acordo com ele são comparadas as oferecidas em lojas dos grandes centros. "As lojas trabalham com estoque e com vendas parceladas nos crediários próprios, financeiras e cartões. Essa é uma característica de um mercado que foi crescendo ao longo dos anos e que tende a melhorar. Esse bom momento deve perdurar pelos próximos cinco anos, pelo menos", concluiu.

Fonte: Jornal da Manhã - SP


 


 


 

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