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Mão-de-obra qualificada não supre demanda

Texto: Redação AECweb

Ritmo de formação de novos profissionais não está acompanhando o surgimento de novos empreendimentos

14 de julho de 2011 - Apesar do bom momento, o principal problema da construção civil em Fortaleza ainda é a falta de mão-de-obra qualificada. Segundo André Montenegro, vice-presidente do Sinduscon-CE, cerca de 45 mil pessoas foram empregadas na construção civil, em Fortaleza, este ano. "Ano passado foram 25 mil". Para ele, o ritmo de formação de novos pedreiros, eletricistas, carpinteiros e demais trabalhadores da construção civil não está acompanhando o surgimento de novos empreendimentos.

De acordo com o gerente do Centro de Treinamento e Assistência às Empresas (Cetae), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-CE), Sebastião Feitosa, a oferta de vagas para formação de trabalhadores na construção civil deverá ser quase dobrada até o final deste ano, com a ampliação do espaço físico do Centro de Treinamento. A ampliação está sendo viabilizada pelo Plano Setorial de Qualificação (Planseq), por meio de parceria com o Ministério do Trabalho, que visa formar até o final de 2011, 4.125 profissional na construção civil, em Fortaleza.

Ele diz que, ano passado, o Senai-CE, através do Cetae, formou 2.124 profissionais entre técnicos em edificações, mestre de obras, pedreiros, dentre outros. Este ano, já foram capacitados 1.856 trabalhadores, tendo como meta atingir 2.220 formandos.

André Montenegro afirma que para resolver o problema da escassez de mão-de-obra há alternativas como a adoção de novos sistemas produtivos, que utilizem menor quantidade de trabalhadores. Ele cita a técnica de construção utilizada no sistema Casas Olé, desenvolvido por sua construtora, a Morefácil. As paredes de alvenaria são pré-fabricadas com instalações elétricas e sanitárias embutidas e depois colocadas sobre a base. "Conseguimos economia de 40% na mão-de-obra".

Outra alternativa foi utilizada pelo dono da Interpar/Urban, Manoel Cesário Mendes, que resolveu importar alguns de seus trabalhadores. Dos 1.380 empregados da sua empresa, 95 são de fora do Estado.

Fonte: O Povo - CE


 

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