MASP aumentará área de exposição em 66% com novo prédio anexo
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Edifício Dumont-Adams, vizinho ao museu, passará por mudança estrutural em uma reforma que deve custar R$ 180 milhões
Expectativa é que as obras sejam concluídas em janeiro de 2024 (Foto: MASP/Divulgação)
24/08/2021 | 09:45 – O Museu de Arte de São Paulo (MASP) revelou detalhes do projeto de expansão que adicionará mais 6.945 m² a sua área de exposição (aumento de 66%). Serão novas galerias, salas de aula, reserva técnica para armazenamento de obras, laboratório de restauro, restaurante, loja e espaço para eventos — tudo distribuído nos 14 andares do edifício Dumont-Adams, vizinho da edificação principal assinada pela arquiteta Lina Bo Bardi. A ligação entre os dois prédios será realizada por uma passarela subterrânea sob a rua Professor Otavio Mendes, obra que já foi autorizada pela Prefeitura de São Paulo.
Construído para uso residencial na década de 1950, o edifício Dumont-Adams passará por uma mudança estrutural antes de exercer a nova função. Segundo a Metro Arquitetos, coautora do projeto de expansão ao lado do arquiteto Júlio Neves (presidente do MASP entre 1995 e 2009 e idealizador da ampliação do museu), haverá a remoção das lajes e do miolo para dobrar o pé-direito e criar os salões livres que receberão as exposições; já as fundações devem ser aproveitadas. Além disso, a fachada será revestida por uma tela preta de alumínio e o térreo terá pé-direito de 8 m e paredes de vidro — dialogando com o vão livre do prédio principal.
O edifício terá certificação Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) graças a soluções sustentáveis como o sistema de iluminação automatizado e com tecnologia LED, que reduzirá expressivamente o consumo de energia. Além disso, haverá uma fachada dupla que protegerá o empreendimento da radiação solar e sombreará as janelas, diminuindo a carga térmica interna. Já a malha metálica que revestirá a edificação permitirá que uma camada de ar seja gerada entre o prédio e fachada externa, criando um microclima. A solução será capaz de aliviar os sistemas de climatização e ventilação, também reduzindo o uso de eletricidade.
Investimento
O custo da reforma do edifício Dumont-Adams, que após a requalificação será rebatizado para Pietro Maria Bardi, será de R$ 180 milhões. A arrecadação dos valores acontecerá por meio de doações de pessoas físicas e a expectativa é que as obras sejam concluídas em janeiro de 2024.