Medidas do governo podem não ajudar o setor de construção civil
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Alerta é do presidente do SindusCon, Sérgio Watanabe
05 de fevereiro de 2013 - A desoneração de encargos previdenciários na construção civil pode não ter o efeito desejado.
O alerta é do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon), Sérgio Watanabe.
"Muitas empresas do setor terceirizaram muito sua mão de obra. É preciso discutir alguns ajustes com o governo para que, em vez da desoneração, não aconteça uma oneração das construtoras", diz.
Watanabe, entretanto, ressalva que as medidas que entram em vigor em abril são importantes para o setor.
"A desoneração de encargos é necessária e o governo tomou uma decisão acertada. Precisamos apenas discutir alguns detalhes para que todas as construtoras sejam beneficiadas", afirma.
O número de empregos gerados no segmento no Brasil registrou alta de 6%, de janeiro a dezembro de 2012 com o mesmo período do ano anterior. Mesmo assim, as novas vagas ficaram abaixo do projetado para o período.
"Nossa expectativa era que superasse os 7%."
Apesar do saldo positivo, o patamar de emprego na construção civil nacional teve retração de 3,02% em dezembro de 2012 na comparação com o mês anterior. Mais de 100 mil vagas foram fechadas em todo o país.
"O fechamento de postos de trabalho é comum no fim de ano, mas em 2012 foi maior. É preciso que o setor volte a receber investimentos", conclui Watanabe.
Fonte: Folha de São Paulo