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Meio ambiente permanece em segundo plano na construção civil

Texto: Redação AECweb

Maioria dos edifícios que são construídos hoje na capital paulista não conta, por exemplo, com qualquer tecnologia que iniba o consumo excessivo de água

07 de dezembro de 2010 - Investimento em tecnologia para reuso e captação de água é medida simples que traz benefícios não só para o meio ambiente, mas também para o bolso. Andar pelas ruas de São Paulo e encontrar um novo empreendimento sendo construído ou lançado se tornou tão comum quanto ver um carro passar. Segundo o Sindicato da Habitação SECOVI, este ano já foram lançados quase 30 mil novos apartamentos num prazo de janeiro a setembro de 2010 e há uma previsão de mais 11 mil novas unidades até final do ano.

O acesso das classes C e D e a facilidade de crédito fizeram com que a economia no setor de construção civil chegasse a números significativos. Segundo o Ministério do Trabalho, cerca de 300 mil novos empregos foram gerados entre janeiro e agosto deste ano. Agora, se enxergarmos esse desenvolvimento com uma visão ambiental, talvez devêssemos nos preocupar. Isso porque, a maioria dos edifícios que são construídos hoje na capital paulista não conta, por exemplo, com qualquer tecnologia que iniba o consumo excessivo de água.

De acordo com uma pesquisa realizada em 2009 pela Organização das Nações Unidas ONU, uma família com quatro pessoas, chega a consumir 800 litros de água por dia, quando o consumo diário ideal, seria de 480 litros. Isto significa que para se adequar a níveis de consumo mais sustentáveis para o Planeta,  teria que reduzir em 40 seu consumo atual.

No entanto, há no mercado alternativas que chegam a reduzir em até 40 consumo de água potável. A empresa brasileira, AcquaBrasilis, adaptou à realidade brasileira uma tecnologia já há muito, desenvolvida na  Alemanha que reutiliza a água proveniente do vaso sanitário e do chuveiro responsável por 46 do consumo de água de toda a residência, denominadas águas cinzas. Após um tratamento biológico e desinfecção, esta água retorna ao vaso sanitário para novamente ser utilizada.

Além dessa opção, há o sistema de captação de águas pluviais. São projetos relativamente mais baratos e que a partir do tratamento e do armazenamento da água de chuva em cisternas, permitem o uso das águas para a limpeza de chão e de rega de jardins, por exemplo. Segundo a proprietária da empresa, Engenheira Sibylle Muller, "ao optar por essa concepção de projeto, a construtora ou o empreendedor consegue reduzir o alto consumo de água potável, além de reduzir os gastos ao final de cada mês e ainda colaborar com o meio ambiente", afirma.

Cada projeto é desenvolvido de modo exclusivo para cada cliente e é realizado de acordo com a necessidade e o espaço físico existente no local das obras. O retorno estimado do investimento é de aproximadamente um ano.

Em São Paulo, a empresa que iniciou os trabalhos em 2001, conta com 43 projetos instalados apenas em edifícios, o que aponta uma mudança de consciência. No entanto, espera-se que, num futuro próximo, a exceção vire regra e que a consciência ambiental de todos induza a busca de opções de vida e de novos lançamentos residenciais e comerciais projetados com itens de preservação dos recursos hídricos águas limpas, tão importantes para a continuidade da vida em nosso Planeta.

Fonte: Petshopping - SP

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