Mercado de imóveis novos mantém reaquecimento em setembro na Capital
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Volume de vendas superou a soma dos resultados de julho e agosto. Lançamentos do mês foram maiores que o total registrado no primeiro trimestre, conforme Secovi-SP
12 de novembro de 2012 - O mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo teve bom desempenho em setembro, confirmando os sinais de reaquecimento apresentados em agosto. Neste cenário, é possível pensar em retomada do crescimento a partir dos últimos meses de 2012, com continuidade em 2013.
A Pesquisa do Mercado Imobiliário, realizada mensalmente pelo Secovi-SP na capital paulista, apontou em setembro os seguintes resultados:
•3.674 unidades vendidas, com aumento de 97,5% sobre agosto (1.860 imóveis);
•R$ 1,34 bilhão negociados, com crescimento de 37,1% em relação a agosto (R$ 981 milhões) e valores atualizados pelo INCC-DI/FGV;
•3.805 unidades lançadas, segundo a Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio). Alta de 83,1% em comparação ao mês anterior (2.078 unidades);
•61,4% de desempenho de vendas nos últimos 12 meses (frente aos 56,7% de dezembro);
•88,3% das unidades foram vendidas na fase de lançamento, de até 180 dias;
•Imóveis 2 e 3 dormitórios predominaram, com participação de 80,3% no total comercializado em setembro;
•Segmento de 2 dormitórios liderou as vendas, com 2.224 unidades escoadas (60,5% do volume comercializado no mês).
Acumulado
Conforme previsto, os resultados recentes demonstram um processo de recuperação do mercado diante dos indicadores de 2011. Um bom exemplo são os lançamentos: comparando os dados deste ano até agosto com o mesmo período de 2012, a diferença foi de -38,3%. A partir da retomada de setembro, a diferença caiu para -29,3%.
Em síntese, no acumulado de janeiro a setembro, o mercado apresentou o seguinte comportamento:
Vendas – 19.204 unidades, com variação de -3,4% sobre igual período de 2011 (19.873 unidades);
Lançamentos – 16.482 unidades, com variação de -29,3% sobre os mesmos nove meses de 2011 (23.322 unidades).
Considerações
Apesar das dificuldades no licenciamento de novos projetos, sobretudo aqueles que envolvem departamentos ligados ao meio ambiente, o volume de aprovações aumentou em setembro, e os incorporadores, por sua vez, desempenham seu papel de atender a demanda. As vendas em setembro superaram a soma dos resultados de julho e agosto (referentes a 3.549 unidades), e os lançamentos de um único mês (setembro) foram maiores que o volume registrado no primeiro trimestre (3.635 unidades).
O momento é de crise globalizada, com fortes recuos na Europa e no Japão, a China pós-pouso suave, a economia norte-americana frente a incertezas e o Brasil com previsão de crescer, no máximo, 1,5%. “Nesse cenário, o mercado de imóveis novos na cidade de São Paulo apresenta perspectivas de crescimento para 2013, devendo encerrar 2012 com lançamentos da ordem de 30 mil unidades e vendas em torno de 28 mil a 31 mil unidades”, afirma o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci.
Além dos problemas macroeconômicos, na avaliação do presidente em exercício do Sindicato, Emílio Kallas, o mercado imobiliário continua se ressentindo das dificuldades no licenciamento de projetos, bem como na viabilização de empreendimentos, quer pela escassez de terrenos ou devido ao esgotamento do estoque de outorga onerosa.
“Nossa expectativa é de que esses e outros gargalos, se não eliminados, pelo menos sejam reduzidos, a fim de possamos trabalhar para continuar atendendo a demanda por habitação”, conclui Kallas.
Fonte: Secovi - SP