Mercado imobiliário crescerá 10% em 2010, estima Secovi-SP
No entanto, provável falta de mão de obra especializada gera apreensão no setor
09 de dezembro de 2009 - O Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP) estima um crescimento de 10% a 15% do mercado imobiliário brasileiro em 2010, considerando lançamentos e vendas.
Recentemente, o Secovi-SP se reuniu com representantes de outras entidades de todo o País, que apontaram que a percepção em relação a 2009 é melhor que a verificada em 2008. "As vendas foram iguais ou maiores que no ano passado", disse o economista-chefe da entidade, Celso Petrucci. Já os lançamentos foram reduzidos.
O crescimento esperado, no entanto, gera apreensão no setor. "Estamos preocupados com a provável falta de mão de obra especializada em 2010. Vão faltar engenheiros e técnicos de nível universitário", disse Petrucci.
Existe também preocupação com os prazos de entrega, em decorrência da possibilidade de falta de equipamentos ou aumento do custo de mão de obra. Possíveis aumentos dos custos de construção são outra preocupação. "Há setores oligopolizados, como cimento, fios e cabos e vidros", afirmou o representante do Secovi-SP.
Entre os desafios para o setor, Petrucci citou a redução da burocracia na aprovação de projetos. Ele defendeu que as obras do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" tenham qualidade e que o setor imobiliário brasileiro não repita erros ocorridos em países como Espanha e Estados Unidos.
O vice-presidente de Habitação do Sindicato das Empresas de Compra, Locação e Administração de Imóveis Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), Flávio Prando, afirmou ontem esperar que, até o fim do ano, o número de contratações do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida" pela Caixa Econômica Federa (CEF) fique entre 250 mil e 300 mil unidades em todo o País. Prando ressaltou que esse volume estimado é inferior à meta sinalizada pela Caixa de 400 mil unidades.
Fonte: Jornal do Commercio