Mercado imobiliário e construção civil em aquecimento
Mudança se deve, principalmente, ao aumento do poder aquisitivo das chamadas classes D e E
01 de abril de 2011 - O Brasil vive um momento único de superaquecimento do mercado imobiliário que, provavelmente, nunca viveu antes. Existe um déficit habitacional de 10 milhões de moradias no Brasil e uma demanda de 30 milhões de moradias nos próximos 30 anos. Esta mudança se deve, principalmente, ao aumento do poder aquisitivo das chamadas classes D e E.
Graças a uma série de políticas públicas que, recentemente, causaram transferência de riquezas e investimentos no país, houve um aumento expressivo no crédito imobiliário e nos empregos para 15 milhões de brasileiros nestes últimos oito anos.
Cerca de 30 milhões de cidadãos ascenderam à classe C. Outros fatores que influenciam direta e indiretamente o mercado imobiliário são a projeção brasileira como potência emergente internacional, a exposição da “marca” Brasil nos cinco continentes, a continuidade da política nacional e a demografia ainda considerada jovem, o que teoricamente torna o país mais produtivo e consumista. A exposição e investimentos por conta da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro são fatores que impulsionam o mercado a cada dia.
Neste cenário, a região nordeste se apresenta como a de maior viabilidade para a construção civil no Brasil pela união dos seguintes fatores: possuir o maior déficit habitacional associado ao maior crescimento de renda da população.
O PIB do nordeste atingiu números maiores do que o índice nacional e há uma série de investimentos em infraestrutura programados para os próximos anos. Atualmente, é uma região emergente no cenário nacional, com perspectivas de contínuas taxas de crescimento relativo.
De acordo com Marcus Vinicius de Oliveira Neto, Diretor Executivo da Consul Patrimonial, o setor continuará em ebulição até o final da década, principalmente, no Nordeste e Rio de Janeiro. “Percebemos o aumento de renda da população, o aumento da procura pelo imóvel próprio e o aumento do crédito imobiliário, pois nossa empresa cresce na mesma proporção: como uma reta inclinada para cima. O serviço de Avaliação Imobiliária que prestamos ao mercado financeiro aponta que a população vem solicitando Crédito Imobiliário para a aquisição de novos imóveis. Da mesma forma, os serviços de Análise de Viabilidade Econômico-Financeira de Empreendimentos que prestamos aos mercados financeiro e corporativo apontam que algumas incorporadoras e construtoras vêm tomando Crédito para a construção de um determinado empreendimento. Nosso crescimento médio anual de 150% nos últimos 5 anos reflete claramente o aumento de Crédito Imobiliário no País. O aumento da demanda por outros serviços especializados, como Avaliação Patrimonial Completa, Estudos do Mercado Imobiliário, Avaliação para Garantia e Medição Físico-Financeira de Emprendimentos demonstra também o crescimento de investimento em Infraestrutura Nacional”, esclarece Marcus.
De acordo com o tipo de investimento imobiliário, que pode ser em curto, médio e longo prazo, Marcus Vinicius cita quais são os mais adequados:
Curto
Compra de imóveis adjudicados, reforma e venda. Após mudança recente na Lei, imóveis com 3 meses de inadimplência podem ser tomados pelo Banco que o financiou e advogados especializados conseguem liberar o imóvel em mais 2 meses, mesmo se este estiver ocupado. A Caixa Econômica Federal, após realização de Leilão, passa esses imóveis adjudicados para Imobiliárias credenciadas venderem com descontos que podem chegar a 70% do valor de mercado.
Médio
Fundos de Investimento Imobiliário Corporativo para Baixa Renda. Poucos se atentaram para a oportunidade existente no mercado corporativo com a explosão de vendas de unidades do Programa Minha Casa Minha Vida e outros programas de moradia para baixa renda. Torres de escritórios individuais para atender esses empreendimentos residenciais e essa classe em ascensão são demandas que o mercado ainda não enxergou e uma aposta certa.
Longo
Especulação com terrenos bem localizados nas fronteiras das grandes cidades. Terrenos ou até fazendas bem localizadas próximas às capitais podiam ser adquiridos há um tempo pelo valor de R$ 1,00/m². Como cada vez mais fica difícil encontrar terrenos nos centros urbanos, a solução será continuar os empreendimentos onde as rodovias nos levar. Terrenos vendidos a R$ 300,00/m² já são comuns, mesmo em locais fora dos grandes municípios.
Fonte: Investimentos e Notícias