Mercado imobiliário vai continuar aquecido em 2011 na capital paulista
Em novembro de 2010 crescimento nas vendas de lançamentos foi 25% superior ao mesmo período do ano anterior
07 de fevereiro de 2011 - Não foram raros, no decorrer do ano passado, casos em que um lançamento fosse completamente vendido em um único dia. Graças ao mercado aquecido e à disponibilidade de crédito, fenômenos como estes deverão se repetir neste ano.
De acordo com dados do Sindicato da Habitação (Secovi-SP), em novembro do ano passado foram vendidas 3.270 unidades novas na capital paulista, um crescimento de 7,8% em relação a outubro (3.034) e de 25,2% em relação às 2.611 casas e apartamentos comercializados em novembro de 2009.
No segundo semestre de 2009 a economia ainda se recuperava da crise econômica. No Brasil, o setor de construção civil foi um dos mais afetados, mas os dados preliminares de 2010 (os balanços ainda não foram fechados) mostram que o setor retornou ao patamar de 2008 e 2007, anos de vendas recordes.
De acordo com o presidente do Secovi-SP, João Crestana, o setor espera, para 2011, um desempenho similar ao de 2010. "O crédito está em um patamar aceitável, os investimentos estão se mantendo e há uma demanda crescente", diz Crestana. Ele observa, contudo, que desde 2007 a venda e o lançamento de imóveis em São Paulo entraram em um novo patamar.
Até 2006 eram vendidas, em média, 26 mil unidades novas ao ano em São Paulo. Em 2004, o crédito para financiamento imobiliário no mercado nacional não passava dos R$ 4 bilhões.
Com o lançamento do programa "Minha Casa, Minha Vida", o crédito para financiamento imobiliário chegou aos R$ 70 bilhões no país. As vendas, em São Paulo, atingiram a média de 35 mil unidades por ano.
"A mão de obra não cresceu no mesmo ritmo, a estrutura de liberação de obras da Prefeitura não cresceu nesta dimensão. Mudamos de patamar e precisamos atender a esta demanda", diz Crestana.
Fonte: Diário de S. Paulo - SP