Mês de fevereiro permanece estável para varejo da construção
Setor iniciou o ano com queda de vendas, mas acredita que vai recuperar patamar de crescimento já em março
15 de março de 2011 - As vendas no varejo de material de construção se mantiveram estáveis em fevereiro, não apresentando crescimento e nem queda com relação ao índice de janeiro. Segundo estudo realizado pelo Ibope Inteligência para a Anamaco (Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção), apesar da queda no volume de vendas de 5,3% no mês de janeiro, os lojistas continuam otimistas de que recuperarão as vendas já no mês de março.
Na comparação fevereiro de 2011 sobre fevereiro de 2010, o setor não apresentou crescimento de vendas. “Em função do desempenho obtido pelo setor neste início de ano, tivemos que rever a nossa expectativa para o ano de 2011 de 11% para 8,5%. Ainda assim é importante ressaltar que trata-se de um crescimento”, afirma Cláudio Conz, presidente da Anamaco.
“Estamos confiantes por conta da manutenção da desoneração do IPI para os produtos do setor até dezembro de 2011, as obras do Minha Casa Minha Vida e demais projetos do Governo Federal, as obras para os próximos eventos que acontecerão no Brasil, como a Copa do Mundo de 2014, Olimpíadas de 2016”, afirma Conz. “O aumento do poder aquisitivo das classes mais baixas e o crescimento da economia brasileira, os programas de transferência de renda, do crédito popular e do aumento do salário mínimo têm colaborado de forma decisiva para o desempenho do setor nos últimos anos e em 2011 não será diferente”, acrescenta.
As vendas no varejo de material de construção cresceram 10,6% em 2010 na comparação com 2009. O faturamento atingiu R$ 49,08 bilhões neste período.
Ações para 2011
De acordo com Conz, para 2011, a Anamaco pretende criar um fundo de investimentos para apoiar os associados, especialmente os de pequeno e médio porte, com valores de empréstimos entre R$ 500 mil e R$ 4 milhões, com prazos mais longos e taxas inferiores a 1,5%.
“Também estamos negociando a convergência de uma única máquina de captação de cartões de crédito com taxas menores que as atuais, além da simplificação e uniformização estadual das atuais regras da Substituição Tributária, com agrupamento das MVAs (Margem de Valor Agregado). No Estado de São Paulo, por exemplo estão em vigor hoje mais de 100 MVAs, o que torna o processo de cálculo final do produto bastante burocrático para as lojas que, em média, comercializam mais de 5 mil ítens”, esclarece Conz. “Pretendemos ainda atuar junto ao governo na desburocratização para as empresas menores que estão sufocadas”, completa.
Outro ponto importante para Conz em 2011 é a questão da capacitação profissional. Segundo ele, este ano, a Anamaco investirá ainda mais na sua Loja Escola do Varejo da Construção Civil José Olavo Nogueira, espaço dedicado especialmente ao desenvolvimento profissional do setor. “Queremos investir na qualificação na área de informática, para ajudar os lojistas, visando facilitar a implementação da Nota Fiscal Eletrônica, SPED, etc. Também queremos levar as aulas da nossa Universidade Anamaco para outras cidades que tenham Acomacs e criar uma central de compras de atacado para produtos utilizados pelas lojas, como caminhões, pneus, entre outros”, finaliza Conz.
Fonte: Anamaco