Segundo o diretor do museu, 1.500 peças e conjuntos já foram resgatados dos escombros do prédio, mesmo antes da etapa de salvamento ter sido iniciada

Estimativa é de que a cobertura provisória do prédio fique pronta em janeiro, o que auxiliará no resgate dos materiais remanescentes (Créditos: divulgação/ Conselho de Arquitetura e Urbanismo de Minas Gerais)

17/12/2018 | 10:10 - Atingido por um incêndio de grande proporção, no dia 2 de setembro deste ano, o Museu Nacional do Rio de Janeiro já teve 51% da primeira etapa de suas obras emergenciais concluídas. A informação foi dada pelo diretor do museu, Alexandre Kelner, durante entrevista coletiva para apresentação do balanço dos trabalhos de recuperação.

Segundo Kelner, 1.500 peças e conjuntos já foram resgatados dos escombros do prédio, mesmo antes de a etapa de salvamento ter sido iniciada. “Estamos na fase de escoramento do prédio, de proteger o prédio para podermos entrar e fazer o salvamento”, declarou.

A estimativa é de que a cobertura provisória do prédio fique pronta em janeiro, o que facilitará a ação das equipes de busca. Com isso, os grupos poderão atuar, minuciosamente, para recuperar o restante dos materiais. “É um trabalho que demora muito tempo e tem que ser feito com cuidado, para que não se perca informação”, disse Kelner.

O diretor destacou, ainda, que as atividades têm dado mais resultados do o que esperado pelos pesquisadores. “Desde o começo, eu não estava pessimista, nem otimista. Agora estou entusiasmado, porque estamos colhendo mais material do que a gente esperava, e de uma forma muito melhor. Vai dar para reconstruir”.

Os trabalhos emergenciais foram possíveis devido ao repasse de R$ 10 milhões feito pelo Ministério da Educação (MEC). Presente à entrevista coletiva, o secretário executivo do MEC, Henrique Sartori, destacou que a pasta também liberou R$ 5 milhões para elaboração do projeto executivo, sob responsabilidade da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Além destes valores, o Museu receberá aporte de R$ 55 milhões em emendas parlamentares da bancada federal do Rio de Janeiro; 190 mil euros doados pelo governo alemão; e R$ 2,5 milhões do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que realizaram pesquisas no local.

O MEC prevê, ainda, para 2019, o repasse de R$ 45 milhões que serão utilizados para obras de recuperação de prédios históricos das universidades federais. Segundo a pasta, será lançado um edital para selecionar os projetos.

Metade das obras emergenciais no Museu Nacional já foi concluída