Método de ensino para Engenharia deve ir além da matemática
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Brasil precisa melhorar ensino, para criar engenheiros melhores
29 de Julho de 2013 - A falta de engenheiros não é problema exclusivo do Brasil. Ela afeta também os Estados Unidos onde quase metade dos alunos que entra no curso não se forma. A razão disso é a maneira com que a engenharia é ensinada hoje, que pouco tem do verdadeiro processo por trás do ofício e que não gera profissionais inovadores. A opinião é de Richard K. Miller, engenheiro e presidente da Franklin W. Olin College of Engineering, instituição americana que propõe um ensino diferente da profissão.
Miller vem ao Brasil para participar amanhã de um debate na escola de negócios Insper, com a qual a Olin possui parceria. O professor vai falar sobre inovação, algo que julga ser essencial quando o assunto é o que precisa mudar na formação de engenheiros. Para ele, um engenheiro é alguém que visualiza algo que nunca existiu e que faz de tudo para transformar isso em realidade. Desse modo, disciplinas como matemática e ciências são importantes, mas não devem ser o fundamento do ensino.
"Os engenheiros não são recrutados por sua visão, mas por suas notas em matemática. Talvez não estejamos atraindo as pessoas certas, nem ensinando o conteúdo ideal", diz. Exemplo disso, além dos altos índices de evasão, é a incapacidade de atrair mais mulheres para a área - ele estima que apenas 20% dos alunos americanos de engenharia sejam do sexo feminino. Na Olin, onde as aulas têm um formato de laboratório, a turma que vai começar em setembro tem 54% de mulheres.
Para desenvolver a capacidade de inovar, Miller afirma que é preciso investir na multidisciplinaridade e ensinar além daquilo que é possível de acordo com as leis naturais, como acontece hoje. No entanto, é fundamental também mostrar o que é viável economicamente - como é ensinado nas escolas de negócios -, e o que é desejável, cultural e socialmente - como se aprende em disciplinas de humanas. "É preciso expor as pessoas a essas ideias de uma só vez."
Para atrair mais pessoas - e com o perfil certo - para a engenharia, Miller diz que usa a vontade que o jovem tem de mudar o mundo. "Digo a eles que podemos encontrar maneiras práticas para que façam isso." (LA).
Fonte: Sinaenco
29 de Julho de 2013 - A falta de engenheiros não é problema exclusivo do Brasil. Ela afeta também os Estados Unidos onde quase metade dos alunos que entra no curso não se forma. A razão disso é a maneira com que a engenharia é ensinada hoje, que pouco tem do verdadeiro processo por trás do ofício e que não gera profissionais inovadores. A opinião é de Richard K. Miller, engenheiro e presidente da Franklin W. Olin College of Engineering, instituição americana que propõe um ensino diferente da profissão.
Miller vem ao Brasil para participar amanhã de um debate na escola de negócios Insper, com a qual a Olin possui parceria. O professor vai falar sobre inovação, algo que julga ser essencial quando o assunto é o que precisa mudar na formação de engenheiros. Para ele, um engenheiro é alguém que visualiza algo que nunca existiu e que faz de tudo para transformar isso em realidade. Desse modo, disciplinas como matemática e ciências são importantes, mas não devem ser o fundamento do ensino.
"Os engenheiros não são recrutados por sua visão, mas por suas notas em matemática. Talvez não estejamos atraindo as pessoas certas, nem ensinando o conteúdo ideal", diz. Exemplo disso, além dos altos índices de evasão, é a incapacidade de atrair mais mulheres para a área - ele estima que apenas 20% dos alunos americanos de engenharia sejam do sexo feminino. Na Olin, onde as aulas têm um formato de laboratório, a turma que vai começar em setembro tem 54% de mulheres.
Para desenvolver a capacidade de inovar, Miller afirma que é preciso investir na multidisciplinaridade e ensinar além daquilo que é possível de acordo com as leis naturais, como acontece hoje. No entanto, é fundamental também mostrar o que é viável economicamente - como é ensinado nas escolas de negócios -, e o que é desejável, cultural e socialmente - como se aprende em disciplinas de humanas. "É preciso expor as pessoas a essas ideias de uma só vez."
Para atrair mais pessoas - e com o perfil certo - para a engenharia, Miller diz que usa a vontade que o jovem tem de mudar o mundo. "Digo a eles que podemos encontrar maneiras práticas para que façam isso." (LA).
Fonte: Sinaenco