Milhões de moradias deixam construtoras em ritmo acelerado
Na segunda etapa do "Minha Casa, Minha Vida", o valor máximo continua sendo R$ 170 mil
24 de junho de 2011 - A segunda fase do "Minha Casa, Minha Vida 2" acaba de ser anunciada pela presidenta Dilma Rousseff e as construtoras já estão em ritmo acelerado para lançar projetos que se enquadrem no programa habitacional do governo federal. Para se ter uma ideia, serão R$ 125,7 bilhões até 2014. Com o montante, será possível financiar dois milhões de moradias para famílias com salários de até R$ 5 mil - novo limite de renda - em todo o país.
A construtora Santa Cecília, por exemplo, adianta que vai lançar ainda este ano seu primeiro empreendimento pelo programa. Segundo o diretor da construtora, Márcio Iorio, o condomínio será construído no bairro do Pechincha, em Jacarepaguá, na Zona Oeste.
Na segunda etapa do "Minha Casa, Minha Vida", o valor máximo continua sendo R$ 170 mil. A Brookfield, que já atua no modelo, anuncia que vai lançar um bairro planejado em Piabetá, além do Doce Lar, em Belford Roxo, que terá unidades de dois e três quartos e ainda área de lazer completa e segurança total.
Desconto é o mesmo
Segundo o Ministério das Cidades, ainda estão sendo feitos vários ajustes para a implantação da segunda fase do programa habitacional do governo. O subsídio (desconto) continua variando de R$ 2 mil a até R$ 23 mil. O teto das unidades para famílias com salários de até R$ 1,6 mil, agora o limite da primeira faixa de renda, subiu de R$ 42 mil para R$ 55.188. 0 Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal terão um período para se adaptarem às novas regras.
Rio: primeiro lugar em imóveis lançados na primeira etapa
Não é a toa que a cidade do Rio está em primeiro lugar no número de unidades lançadas na primeira fase do "Minha Casa, Minha Vida". O secretário municipal de Habitação, Jorge Bittar, informou que o município já tem 54 mil imóveis entre licenciados e em análise. Segundo ele, as moradias estavam só aguardando a segunda etapa do programa.
Amaury Teixeira, diretor da AG Prima, diz que, para o Rio, o programa é ainda mais importante, porque vai ajudar no processo de desfavelização.
Ele lembra que, com a meta de 2014, as construtoras terão tempo para concluir empreendimentos e isso estimulará as empresas a investirem mais no programa. "Neste semestre, terei mais dois lançamen¬tos com este perfil", adianta.
Segundo o gerente comercial da Fernandes Araújo, Paulo César Andrade, a construtora já tem mais de 90% dos empreendimentos que se encaixam no programa. "Aumentando a faixa de renda, mais pessoas vão procurar por imóveis pelo modelo", afirma Andrade.
Fonte: Meia Hora