Minha Casa, Minha Vida fecha 630,8 mil contratos em âmbito nacional
Desde abril de 2009, volume de crédito soma R$ 35,85 bilhões
10 de setembro de 2010 - O programa Minha Casa, Minha Vida atingiu 630.886 contratos assinados em âmbito nacional desde o seu lançamento, em abril do ano passado, no valor de R$ 35,85 bilhões. O montante corresponde a 63% da meta. Em 6 de setembro, a instituição também registrava 418.860 propostas em análise. Considerando apenas 2010, o número de contratos assinados corresponde a 355.358 unidades no valor de R$ 21,8 bilhões.
Do total contratado desde o lançamento do programa, 292.229 unidades (46%) atenderam à faixa de renda até três salários-mínimos, enquanto 65.191 unidades (10%) contaram com recursos do Orçamento Geral da União (OGU). No mesmo período também foram financiadas 196.649 unidades (31%) pelo programa para famílias com renda de três a seis salários, enquanto 76.817 (12%) atenderam à faixa de renda de seis a dez salários.
Dentro do programa já foram entregues 160.883 unidades e a expectativa da instituição é de entregar mais 101.494 habitações até o final do ano. Pelos cálculos do vice-presidente de governo da Caixa, Jorge Hereda, neste ano outras 78.086 unidades para a faixa de renda de até três salários-mínimos serão fornecidas - com recursos do OGU - mais 2.707 unidades para essa mesma faixa de renda, além de 13.841 unidades para as famílias com renda de três a seis salários e 6.860 unidades na faixa de renda de seis a dez salários.No estado de São Paulo já foram contratadas 125.103 unidades habitacionais no mesmo período dentro do programa, totalizando R$ 8,5 bilhões. Em 2010, o montante total financiado pela Caixa para a casa própria no estado chega a R$ 12,8 bilhões, beneficiando 170.132 famílias. Conforme comunicado da instituição, se mantido esse ritmo até o final do ano, a expectativa é de que o volume financiado pelo banco no Estado irá superar os R$ 18 bilhões.
Novos inquilinos exigem mais conforto e funcionalidade
As construtoras e incorporadoras, além dos fabricantes de móveis e o varejo, devem estar atentas aos novos hábitos do consumidor na escolha do imóvel e de sua decoração. Novos fenômenos comportamentais, como a preocupação com a sustentabilidade e a saúde e a valorização do lar como ambiente que representa funcionalidade, estilo e identidade, têm pautado a procura por imóveis residenciais, lançando um novo desafio de marketing para as empresas que atuam no setor.
A diretora de Análises e Planejamento da Toledo & Associados - Pesquisa de Mercado e Opinião Pública, Maria Aparecida Amorim de Toledo, afirmou nesta quinta-feira, no Meeting de Marketing da Federasul, que as principais incorporadoras brasileiras já identificam os anseios deste novo consumidor e oferecem apartamentos em condomínios adequados a estes gostos, embora ainda haja muitas companhias que ignoram a atual realidade.
"Um ponto importante é a tecnologia e a automação dos lares, cada vez mais exigidas pelos consumidores e que têm estado presente nos novos imóveis", exemplifica Maria Aparecida. No novo contexto, terão relevância cada vez maior os móveis planejados e os condomínios que ofereçam uma vasta gama de serviços, como espaço gourmet, lavanderia e até área para animais de estimação. Apartamentos com as peças integradas também cairão no gosto dos consumidores.
De acordo com pesquisa realizada pela Toledo em parceria com a ESPM-SP em 10 capitais e junto a 2,3 mil entrevistados para identificar o perfil do imóvel da sociedade contemporânea nos próximos anos, o mercado potencial no Brasil é de 11 milhões de apartamentos para solteiros, 12 milhões para casais sem filhos e 15 milhões para idosos. Maria Aparecida alça as mulheres em um patamar decisivo nas compras dos imóveis, participando da decisão de compra em 90% das ocasiões.
"A pesquisa mostrou que 40% dos novos imóveis são vendidos para as mulheres, e os construtores precisam estar atentos às suas preferências, como serviços para elas e detalhes nos apartamentos alinhados aos seus gostos", apontou.
Maria Aparecida ressalta que mesmo o cliente das classes C e D começa a valorizar o requinte dentro de seu lar e os diferenciais que agreguem mais conforto e funcionalidade ao seu dia a dia. Esta população tem alguma margem de investimento em imóveis, embora em algumas situações os preços elevados os proíbem de obterem todos os confortos que a tecnologia pode oferecer.
Dispostas a conquistar esta classe, as construtoras têm erguido condomínios que oferecem mais conforto e preços mais acessíveis. Mesmo os apartamentos mais baratos são apresentados em showroom, enquanto as grandes redes de varejo apresentam seus móveis e eletrodomésticos de forma mais estilizada.
Caixa eleva projeção de crédito para R$ 70 bilhões
A Caixa Econômica Federal (CEF) estima que sua carteira de crédito imobiliário ultrapassará R$ 70 bilhões em 2010. A projeção é da presidente do banco, Maria Fernanda Ramos Coelho. Segundo a executiva, o mais importante é que não se trata de um acontecimento sazonal ou isolado, mas sim de um ciclo virtuoso sustentável.
Conforme balanço divulgado pela instituição, o volume aplicado em habitação em 2010, até 3 de setembro, soma R$ 47,6 bilhões. Além de recorde, o montante é equivalente a todo o volume atingido no ano passado (R$ 47,05 bilhões). Se a comparação for com o mesmo período de 2009, o volume de crédito registrou um salto de 87,6%.
O total aplicado no setor habitacional até setembro também é mais do que o dobro do registrado em 2008, de R$ 3,3 bilhões.
O número de contratos assinados este ano é de 773.247, indicando uma expansão de 86,2% em relação ao total atingido no mesmo período de 2009. Atualmente, o banco empresta por dia mais de R$ 278,5 milhões para casa própria, com mais de 4,5 mil contratos assinados diariamente. Do total aplicado pela Caixa R$ 21,4 bilhões tiveram como fonte de recursos a Caderneta de Poupança e R$ 20,7 bilhões são do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O restante vem de outras fontes.
Fonte: Jornal do Comércio - RS