Minha Casa, Minha Vida financiará imóvel até R$ 190 mil
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Programa vai financiar imóveis em cidades que tiveram forte aumento no preços das casas
05 de outubro de 2012 - Às vésperas das eleições municipais, o governo anunciou que gastará R$ 1,4 bilhão a mais do que o previsto para beneficiar, até o final de 2013, famílias de baixa renda que comprarem imóveis dentro do programa Minha Casa, Minha Vida.
O programa vai financiar imóveis de até R$ 190 mil nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio e Brasília, cidades que tiveram forte aumento no preços das casas e já não atendiam a classe média com o teto de R$ 170 mil.
A mudança, que vale a partir de novembro, foi aprovada ontem pelo conselho curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), que reajustou também os valores de subsídios e das faixas de renda que têm direito a participar do programa.
Serão beneficiadas as famílias que ganham até R$ 5.000 e se enquadram nas regras do programa.
Segundo o ministro Brizola Neto (Trabalho), não há motivos políticos para o reajuste nos subsídios. "Estamos fazendo reajustes dos valores. Não há nenhuma medida eleitoreira."
Além do teto maior dos imóveis, o conselho elevou de R$ 3.100 para R$ 3.275 o limite de renda mensal das famílias que têm direito a um subsídio importante na compra de imóveis.
Também foi reajustado de R$ 23 mil para R$ 25 mil o valor máximo desse subsídio.
O reajuste de valores ficou abaixo da expectativa das construtoras, que queriam levar o programa mais próximo da classe média urbana com renda familiar mensal superior a R$ 5.000 mensais.
Esse é o teto de renda das famílias com direito a participar do programa, que continua o mesmo.
Dos R$ 67,4 bilhões de financiamentos aprovados na segunda fase do programa, 67,7% se concentram entre as famílias com renda entre R$ 1.601 e R$ 3.275 (faixa 2).
Outros 20,9% são para famílias com renda abaixo de R$ 1.600 (faixa 1) e só 11,4% para as com renda entre R$ 3.276 e R$ 5.000 (faixa 3).
"Foi um passo importante para este momento. A classe média está evoluindo e aumentando o nível de renda. O canal continua aberto para que daqui a algum tempo possamos aperfeiçoar o programa", disse João Crestana, ex-presidente do Secovi (Sindicato da Construção Civil).
Juros Menores
Para as famílias de maior renda (R$ 3.275 a R$ 5.000), o conselho aprovou a redução da taxa de juros de 8,16% para 7,16% mais TR.
Essa faixa de renda quase não tem mais subsídio no Minha Casa, Minha Vida e já estava com as taxas de juros desatualizadas em relação às condições de mercado. O principal benefício é não pagar pelo seguro atrelado ao financiamento.
Fonte: Folha de São Paulo