Minha Casa, Minha Vida ganha R$ 20 mil a mais
Teto do programa para renda de até três mínimos sobe para R$ 72 mil
02 de julho de 2010 - Uma boa notícia para quem está prestes a comprar uma casa própria: a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) assinou na quinta-feira (01) um acordo com a Caixa Econômica Federal que amplia em até R$ 20 mil o valor por unidade do Programa "Minha Casa, Minha Vida-Entidades". Com isso, o limite final do imóvel financiado para famílias com até três salários-mínimos passa dos atuais R$ 52 mil para até R$ 72 mil.
Para tornar viável a mudança, o estado estima um gasto de R$ 75,6 milhões nos próximos anos. Com esse valor, deverão ser ajudadas 3.782 famílias. Os primeiros R$ 7 milhões serão disponibilizados já no segundo semestre de 2010.
De acordo com o secretário de estado da Habitação e presidente da CDHU, Lair Krähenbühl, a alteração foi necessária principalmente por causa das áreas metropolitanas, onde os valores altos dos terrenos inviabilizavam o projeto do "Minha Casa, Minha Vida", nos moldes passados.
"Com R$ 52 mil é difícil construir em um terreno bem localizado. Por isso, o estado vai arcar com até R$ 20 mil", explica o secretário.
Krähenbühl informa que, por conta do acordo, os pré-requisitos para a liberação do dinheiro foram ampliados. "Os projetos terão que ser feitos com acessibilidade para os deficientes físicos e com o padrão de construção que a CDHU faz. Significa revestimento de pisos e azulejos, aquecedores solares, pé direito mais alto, metade com dois e metade com três dormitórios para atender as questões de famílias maiores e atender outras políticas de saúde e educação."
A alteração de limite no valor do imóvel só será válida para as pessoas cadastradas em entidades de moradia. O secretário informou que atualmente o déficit é de 1,1 milhão de moradias novas no estado de São Paulo.
Para José de Abraão, coordenador da União dos Movimentos de Moradia da Grande São Paulo e interior, que congrega quase 400 entidades, a notícia é bem-vinda. Porém, segundo ele, ainda é preciso que os projetos de construção sejam agilizados.
"Muitas vezes, apresentamos os projetos prontos para a construção de moradia, mas eles ficam parados por meses esperando pela análise para aprovação do crédito. Nisso o dono do terreno vai lá e vende para uma construtora", disse.
Fonte: Diário de S. Paulo - SP