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Minha Casa, Minha Vida impulsiona construção civil no Rio

Texto: Redação AECweb

Associação do mercado imobiliário diz que programa lançou número mais elevado dos últimos cinco anos

15 de julho de 2010 - O programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, foi um dos responsáveis pelo impulso do setor da construção civil, no Rio de Janeiro, no acumulado dos cinco primeiros meses deste ano, de acordo com a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi).

Pesquisa divulgada pela entidade revela que nesse período foram lançadas 4.399 unidades somente na capital do estado do Rio. Esse é o número mais elevado dos últimos cinco anos, salientou a coordenadora da pesquisa Ademi Mercado Imobiliário, Gabriela Szklo. Desse total, 3.683 unidades são residenciais e 716 comerciais.

De acordo com ela, o programa Minha Casa, Minha Vida, que começou no ano passado, já conseguiu impulsionar a construção de residências e unidades comerciais em vários bairros da capital. "Havia bairros que não tinham lançamentos há muito tempo e tiveram agora". Irajá, Madureira, Parada de Lucas, Quintino, na Zona Norte, e Campo Grande, na Zona Oeste foram alguns deles, revelou Gabriela.

"O crescimento da cidade começou a ser um pouco mais homogêneo, direcionado também para outros bairros. Diminuiu um pouco a procura pela Barra, pelo Recreio e por Jacarepaguá, que concentravam 80% dos lançamentos. E naquela faixa que se enquadra no Minha Casa, Minha Vida", constatou. O programa atende a famílias com renda de até dez salários mínimos, com limite de valor do imóvel de R$ 130 mil.

O fenômeno se repetiu no estado do Rio, de forma geral, onde foram lançadas até maio 5.815 unidades, cerca de 18,9% acima dos 3.697 imóveis lançados em igual período de 2009. Niterói apresentou um volume significativo de lançamentos imobiliários residenciais (917), enquanto Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, lançou 183 unidades comerciais no acumulado do ano.

Gabriela Szklo avaliou que a tendência é que haja uma pulverização de novos lançamentos imobiliários na cidade e nos demais municípios fluminenses. No caso do Rio, em particular, ressaltou que "o poder público tem interesse em fazer o crescimento da cidade ser mais homogêneo. Ou seja, não ficar tendo só lançamentos em bairros que já têm muita oferta".

Ele citou como exemplo o projeto do Porto Maravilha, apoiado pelos governos federal e estadual, que prevê a revitalização da zona portuária. O projeto receberá R$ 3,5 bilhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para ações integradas de habitação, saneamento, transportes e infraestrutura.

No acumulado janeiro/maio do ano passado, em função da crise financeira mundial, foram lançadas apenas 2.168 unidades no município do Rio de Janeiro. Gabriela Szklo informou que apesar da crise, o ano de 2009 fechou com o lançamento de 14.251 novas unidades na cidade, mostrando recuperação do setor a partir do segundo semestre.

Fonte: Agência Brasil - DF

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