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Minha casa, minha vida puxa venda de imóveis novos para baixo

Texto: Redação AECweb

Foram vendidos 28.316 novas unidades residenciais no ano passado

08 de março de 2012 - A venda de imóveis novos na cidade de São Paulo registrou retração de 21% no ano passado, segundo balanço divulgado nesta terça-feira pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP). De acordo com o Balanço do Mercado Imobiliário em 2011 e as Perspectivas para 2012 da entidade, foram vendidos 28.316 novas unidades residenciais no ano passado. A demanda menor pelo programa "Minha casa, minha vida" contribuiu para o revés. Já em 2010, foram comercializadas 35.869 unidades.

Para o economista-chefe do Secovi-SP, Celso Petrucci, 2011 foi um ano de ajustes no mercado de imóveis novos residenciais na capital paulista. Segundo o especialista, o volume de lançamentos manteve-se nos patamares observados no ano anterior, com reposição de oferta, e o ritmo de vendas superou a média histórica em um momento de ligeira instabilidade econômica, reflexo das crises nos Estados Unidos e na Europa.

“A velocidade de disseminação da informação e de conhecimento na indústria imobiliária criou a necessidade de ampliar os indicadores que nos ajudam a compreender os caminhos e as tendências desse setor”, destacou Petrucci, ao justificar a inclusão de um novo indicador nesta edição do balanço.

Para Paulo Marques, presidente da Marques Construtora, o número de unidades vendidas em 2011 foi inferior ao ano anterior, porque em 2010 o mercado imobiliário vivia uma forte alta, devido à demanda reprimida. Além disso, houve a queda de pedidos para o programa "Minha casa, Minha Vida" caiu bastante no ano passado. "A redução de pedido no programa fez com o número de unidades vendidas diminuísse, porém a queda não se nota de maneira tão acentuada se analisarmos o valor", explica Marques.

O levantamento do Secovi-SP mostrou ainda que, entre 2002 e 2006, a maioria dos lançamentos era de alto padrão, enquanto desde 2007, o mercado passou a investir mais em unidades populares, especialmente de dois dormitórios, para atender o crescimento da demanda. No ano passado as vendas de imóveis de dois dormitórios, com 13.298 unidades, representaram 47% do total, enquanto as de três dormitórios, com 8.483 unidades, corresponderam por aproximadamente 30%.

Um levantamento divulgado na semana passada pela imobiliária Lello mostrou que as vendas de imóveis residenciais usados na capital paulista cresceram 19% em 2011.

Um estudo da Binswanger Brazil revelou que, no início de 2012, a maior taxa de vacância para locação de edifícios corporativos de luxo em São Paulo fica na Marginal Pinheiros. A porcentagem é de 5,8%, índice considerado baixo, e o valor do metro quadrado oscila entre R$ 45 e R$ 130.

Nas demais regiões, todas as taxas de vacância estão abaixo de 1,5%.No Itaim, onde o aluguel varia entre R$ 100 a 130 o metro quadrado, o índice é de 1,3%; na Faria Lima, que possui o aluguel mais alto, variando de R$ 160 a R$ 200/m², a taxa é de 0,7%; Em seguida vem a Vila Olímpia, com taxa de 0,6 e aluguel entre e R$ 120 a R$ 160.

A Avenida Paulista possui taxa de 0,5%, com o metro quadrado entre RS 110 a R$ 140. É a mesma taxa do Berrini, com aluguéis entre R$ 90 e R$ 140/m². A Barra Funda e a Chácara de Santo Antônio estão com a taxa de vacância de 0%, e também possuem os menores valores, com preços de R$ 50 a R$ 60 e R$ 60 a R$ 80, respectivamente.

Para 2012, Marques acredita que serão produzidas mais unidades, porque as vendas devem aumentar em relação ao ano anterior. Os preços seguem avançando acima da inflação, porém ainda este ano devem realizar um "aumento vegetativo, que significa que o acréscimo estará em linha com a taxa inflacionária". Além disso, o presidente da Marques Construtora acredita que haverá a redução de oferta e com isso os preços devem ficar próximos da estabilidade.

Fonte: Investimentos e Notícias

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