Nível de emprego da construção civil surpreende em janeiro
Pesquisa do SindusCon-SP apurou recorde de 2.519 milhões de trabalhadores
29 de março de 2010 - O nível de emprego na construção civil brasileira em janeiro aumentou 2,55% em comparação a dezembro, o que equivale à contratação de mais 62.755 trabalhadores com carteira assinada.
Com isso, chegou-se ao recorde de 2,519 milhões de trabalhadores –o mais alto da série histórica. Foi o que apurou a pesquisa mensal do SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo) e da FGV (Fundação Getulio Vargas).
O setor recuperou-se plenamente da perda de 53.525 trabalhadores ocorrida em dezembro, mês em que, tradicionalmente, o emprego na construção declina.
O desempenho do emprego em 12 meses também se mantém em alta. Nesta comparação, o nível aumentou 11,57%, o que corresponde a mais 261.332 trabalhadores empregados. “Trata-se de um número impressionante que redobra a necessidade de incrementar a formação de mão de obra qualificada para trabalhar no setor”, diz o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.
No Estado de São Paulo, o nível de emprego na construção civil em janeiro aumentou 2,31%, com o acréscimo de 15.770 trabalhadores formais. Com isso, o número total de empregados das construtoras no Estado passou a 698.720 –também um recorde na série histórica. Em 12 meses, a elevação foi de 10,49% (+66.317 postos de trabalho).
No interior do Estado, o destaque em janeiro foi a região de Ribeirão Preto, que elevou em 5,03% o seu nível de emprego da construção (+1.914 trabalhadores). De fato, todas as regiões tiveram bons índices positivos, como em São José do Rio Preto, onde houve 3,77% mais contratações (729 empregados a mais), subindo para 10,88% o nível de empregabilidade em 12 meses.
Outro destaque é São José dos Campos, região que acumula expressiva alta de 19,91% no nível do emprego, em 12 meses, o que corresponde a 11.620 novos postos de trabalho.
Já no município de São Paulo, o aumento do emprego foi de 1,91% (+6.145 trabalhadores), elevando o número de vagas para 327.277 (também um recorde, com aumento de 12,21% no ano).
Vale observar que tanto na construção brasileira como na paulista o emprego aumentou em todos os segmentos: obras (preparação de terreno, edificações, infraestrutura, obras de instalação e acabamento) e serviços (incorporação de imóveis, serviços de engenharia e outros).
Dentre as regiões do Brasil, a que registrou o maior aumento percentual do emprego na construção no mês foi a Nordeste, com incremento de 3,29% em janeiro sobre dezembro, seguida pela Sul (+2,91%). Em número de empregados, o maior aumento ocorreu no Sudeste (mais 31.068 vagas), seguida pelo Nordeste (+15.706).
Base de dados
A grande novidade desta pesquisa foi o uso de uma base de dados mais recente do Ministério do Trabalho e Emprego. A partir de agora, a base é a RAIS 2008 e a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 2.0. Até dezembro, a base era constituída pela RAIS 2006 e pela CNAE 1.0. Uma das diferenças é que foram incorporadas à pesquisa de janeiro novas profissões; outras antigas desapareceram.
Com isso, os números da nova série histórica da pesquisa não se comparam com os daquela feita até dezembro. Por isso a FGV e SindusCon-SP remontou a série histórica com base nos novos números, para permitir a relação entre os meses de dezembro de 2009 e janeiro de 2010 e entre os meses de fevereiro de 2009 e janeiro 2010 (comparação de 12 meses).
Fonte: SindusCon - SP