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Novas habitações de São Paulo somente se forem sustentáveis

Texto: Redação AECweb

Projeto aprovado determina exigências possíveis de serem executadas, economicamente viáveis para os empreendedores e oportunas para os consumidores finais

16 de dezembro de 2009 - A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembléia Legislativa aprovou na quarta-feira, dia 9, o Projeto de Lei 799/09 do deputado estadual Pedro Bigardi (PC do B) que prevê alvará para construção somente para prédios e casas residenciais ecologicamente corretos e adaptados às novas regras de sustentabilidade.

De acordo com o projeto, os condomínios ambientalmente sustentáveis construídos no Estado de São Paulo utilizarão alternativas para reduzir o consumo de água e luz e não prejudicar o meio ambiente, como sistemas de reúso de água, captação de energia solar para aquecimento da água e uso de lâmpadas de alta eficiência para iluminação em áreas comuns.

Para o autor, o projeto determina exigências possíveis de serem executadas, economicamente viáveis para os empreendedores e oportunas para os consumidores finais. "Atualmente, os condomínios são pontos de impermeabilização do solo com alto consumo de energia elétrica e de recursos hídricos, grande concentração de habitantes e geram muitos resíduos sólidos. Mas, em um breve futuro, todos os novos prédios de São Paulo serão beneficiados com a redução das contas de energia e água, colaborando com o meio ambiente", prevê o deputado Bigardi.

De acordo com o projeto, tanto a liberação do alvará para construção como a fiscalização da obra e instalações serão feitas pelas prefeituras. Se alguma irregularidade ambiental for constatada, o fiscal notificará a construtora com prazo determinado para correção e adaptação. Caso o condomínio seja reincidente no descumprimento das regras, a punição será de multas ao embargo da obra.

Com a construção finalizada, os proprietários passarão a ser responsáveis pela manutenção do uso das tecnologias ambientais. "Caberão ao dono do imóvel ou ao representante legal do condomínio as operações de manutenção e reparação necessárias para manter as instalações em perfeito estado de funcionamento e eficiência, de forma que o sistema opere adequadamente e com os melhores resultados", explica o autor do projeto.

Valorização dos imóveis
Para Bigardi, a nova regulamentação permitirá o uso racional dos recursos não-renováveis, conservação da biodiversidade, promoção de uma gestão sustentável dos recursos naturais e melhoria da qualidade de vida.

De acordo com a organização internacional United States Green Building Council, os edifícios sustentáveis reduzem de 8 a 9% os custos de operação, aumentam em 7,5% o valor dos imóveis e ampliam a ocupação desses imóveis em 3,5%.

"O novo proprietário poderá, além de contribuir com o meio ambiente, economizar nas contas mensais. Assim, terá o imóvel valorizado na venda", conclui o deputado.

Economia
Alternativas tecnológicas ambientalmente sustentáveis que o projeto prevê:

Luz
- Sistema de captação de energia solar para aquecimento de água;
- Lâmpadas de alta eficiência para iluminação em áreas comuns.

Água
- Sistema de reúso de água;
- Uso de medidor individualizado de consumo de água;
- Uso de bacias sanitárias com volume de descarga reduzida, torneiras e válvulas de fechamento automático em lavatórios;
- Sistema para a captação, retenção, armazenamento e utilização de águas pluviais, coletadas por telhados, coberturas, terraços e pavimentos descobertos;
- Sistema de tratamento de efluentes capaz de reutilizar a água para finalidades não-potáveis.

Gás, Lixo e Óleo
- Uso de medidor individualizado de consumo de gás;
- Sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos e de óleo comestível.

Fonte: Jornal de Limeira – SP

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