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Novo programa habitacional derruba ações de construtoras

Texto: Redação AECweb

Perspectiva de o programa atender uma parcela maior do que o esperado da faixa de 0 e 3 salários mínimos parece não ter agradado aos investidores

30 de março de 2010 - As ações de construtoras e incorporadoras lideraram as maiores baixas do Índice Bovespa ontem, depois do anúncio da extensão do programa habitacional do governo "Minha Casa, Minha Vida". PDG Realty ON fechou em baixa de 4,65%, seguida por Gafisa ON (-2,75%) e MRV ON (-2,54%). Entre as maiores quedas ficaram também Cyrela ON (-1,18%) e Rossi Residencial ON (-0,85%). O Ibovespa terminou o pregão em alta de 1,83%.

Para o analista de construção civil da Fator Corretora, Eduardo Silveira, a perspectiva de o programa atender uma parcela maior do que o esperado da faixa de 0 e 3 salários mínimos parece não ter agradado aos investidores.

"Uma das interpretações possíveis para essa queda em bloco do setor é a de que o programa está buscando se concentrar ainda mais na faixa menor de renda, o que fica meio fora do foco da maior parte das incorporadoras que têm participação no Minha Casa, Minha Vida, que é de 3 a 6 salários", diz Silveira.

Na opinião do analista da Brascan Corretora, Cristiano Hees, a extensão do programa traz maior confiança na possibilidade de se transformar o grande potencial de demanda por habitações no País em uma demanda efetiva, embora não tenha alterado a capacidade individual de cada companhia do setor.

Hees ressalta ainda que o anúncio não trouxe esclarecimentos sobre as propostas de mudança de ineficiências já apontadas no programa atual. "Problemas como a diferença entre estados e segmentos de renda, suas soluções e a demora de aprovação da Caixa Econômica Federal ainda necessitam de resposta", diz, em relatório.

Na avaliação da Brascan, em volume de vendas contratadas, a MRV e a PDG Realty, que têm forte atuação no segmento econômico, serão as mais beneficiadas pelo programa.

As ações de construtoras e incorporadoras lideraram as maiores baixas da Bolsa ontem, depois do anúncio da extensão do programa habitacional do governo "Minha Casa, Minha Vida". PDG Realty ON fechou em baixa de 4,65%, seguida por Gafisa ON (-2,75%) e MRV ON (-2,54%).

Entre as maiores quedas ficaram também Cyrela ON (-1,18%) e Rossi Residencial ON (-0,85%). A Bolsa terminou o pregão em alta de 1,83%. Segundo analistas, o governo dará preferência, nesta segunda fase do programa, a imóveis para famílias com renda entre zero e 3 salários mínimos, que estão fora dos segmentos atendidos pelas construtoras listadas na Bolsa.

O governo anunciou ontem a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que prevê investimentos de R$ 1,5 trilhão.

A maior parte destes recursos será direcionada ao setor de energia, especialmente petróleo e gás, que terá investimentos de R$ 879,2 bilhões, enquanto a previsão de investimentos em energia elétrica é R$ 136,6 bilhões. Juntamente com os investimentos, o governo projeta uma queda acentuada da relação entre dívida pública e PIB, que iria dos atuais 40,7% para 28,7% ao fim de 2014, segundo o Ministério da Fazenda.

Fonte: DCI - SP

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