Obras de duplicação da SC-403 podem gerar mais congestionamento na temporada
Moradores e turistas do norte da Ilha precisarão de paciência para enfrentar mais congestionamento do que o habitual durante a temporada de verão em Florianópolis. As obras da SC-403 estão em ritmo lento.
E as vias marginais, que por indicação da Secretaria de Estado de Infraestrutura deveriam estar prontas para minimizar os transtornos na temporada, ainda não foram feitas. O fluxo médio de veículos no local chega próximo aos 40 mil diariamente e nos horários de pico o trânsito já é problemático. Os moradores e comerciantes temem pelos próximos meses.
Até agora, os operários da construtora Espaço Aberto, responsável pela obras, fizeram extensões de limpeza do terreno, remoção da vegetação, terraplenagem em um trecho da via e o início do processo de escavação e detonação de rochas. Porém, segundo o engenheiro Cléo Quaresma, cedido do Deinfra (Departamento Estadual de infraestrutura) à Secretaria de Infraestrutura para fiscalizar as obras, “a empresa se mostrou muito lenta no cumprimento das atividades” e, se continuar assim, poderá afetar o cronograma.
O secretário de Estado da Infraestrutura, Valdir Cobalchini, que responde oficialmente pela obra, afirmou que o trabalho vai continuar normalmente. Ele reconheceu que o cronograma não está em dia, mas afirmou que a situação deve mudar a partir das próximas semanas para que os prazos sejam mantidos.
Material que viria da detonação de rochas será comprado
A mudança será no planejamento operacional da obras. A detonação de rocha na região foi suspensa e o material da detonação, que seria usado para a construção das novas vias, será comprado. “Pela segurança dos veículos, necessidade de paralisar o trânsito e fazer a limpeza de pista, autorizamos a compra do material em vez de fazer a detonação”, explicou Cobalchini.
Esses empecilhos em relação ao trânsito e segurança foram as justificativas da empresa ao secretário pelo atraso. A compra desse material foi a solução encontrada pelo Estado para que a obra não sofra prejuízo e o cronograma seja retomado e cumprido. Apesar da aquisição, Cobalchini afirmou que “o contrato suporta isso” e não terá acréscimo no valor da obra.