Obras do Museu da Imagem e do Som são retomadas em Copacabana
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Construção estava paralisada há quase cinco anos por falta de recursos do Governo
A expectativa é que as obras levem pelo menos um ano para serem concluídas (Foto: Lanito/Skyscraper CIty)
09/12/2021 | 14:41 – Após cinco anos suspensas, as obras do Museu da Imagem e do Som (MIS), localizado em Copacabana, foram retomadas nesta quarta-feira (8) pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro.
A reativação do canteiro havia sido anunciada em julho de 2021, e o edital para a conclusão das obras foi publicado em setembro. A expectativa é que as obras, iniciadas em 2008, interrompidas em 2016 e retomadas em 2021, levem pelo menos um ano para serem concluídas.
O governador Cláudio Castro, que participou da cerimônia de retomada, conta que a previsão de conclusão é 20 de dezembro de 2022 e que “a retomada é o resgate de uma dívida com a cultura, o turismo e a cidade”.
Refletindo as ondas modernistas do calçadão de Copacabana em sua fachada de vidro, o novo prédio irá se integrar com a orla. A ideia é transformar o espaço em um grande boulevard cultural vertical. Serão oito andares repletos de inovações, entre elas: uma boate, um auditório para até 280 pessoas e camarins nos dois andares subterrâneos; uma livraria e um café, de frente para o mar, no primeiro andar; quatro andares reservados para exposições interativas; e um restaurante panorâmico, acesso à cobertura e um cinema a céu aberto no quinto andar.
Os arquitetos responsáveis pelo projeto são Elizabeth Diller, Ricardo Scofídio, Charles Renfro, do escritório americano Diller Scofidio + Renfro, que ganhou o concurso internacional para a construção do MIS. A empresa vencedora da licitação é a MPE Engenharia, que fará intervenções como a instalação de revestimentos e impermeabilização de áreas abertas.
Para isso, estão sendo investidos R$ 52 milhões em acabamentos e em instalação de equipamentos no museu. A verba é fruto dos esforços do Ministério do Turismo, em colaboração o Governo do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa, além da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Obras. Ele foi concebido com apoio e participação ativa da Fundação Roberto Marinho, e tem como padrinhos o Grupo Globo, a Natura, o Grupo Itaú Unibanco e, como patrocinadores, a Vale, IBM, Ambev e Light – por meio de recursos próprios, Lei Federal e Estadual (ICMS/RJ) de Incentivo à Cultura. Os investimentos totalizam R$ 79 milhões de recursos públicos e R$ 118 milhões de recursos advindos da iniciativa privada, junto à Fundação Roberto Marinho.
A gerente de Patrimônio e Cultura da Fundação Roberto Marinho, Larissa Graça, lembra a diversidade de atrativos do local. “É um momento muito importante para todos nós. Aqui, vamos ter música, arte, cinema e carnaval, manifestações culturais que vão trazer essa reflexão superessencial depois desse período tão difícil que ainda estamos atravessando. O museu vai contribuir para a retomada da nossa identidade, das festas e da nossa alegria de viver. Essa arquitetura é linda, um projeto de ambientes integrados. E tem o terraço panorâmico que vai democratizar essa vista linda da Praia de Copacabana para mais pessoas”, conta Larissa.
A expectativa é de que o museu seja um grande indutor de desenvolvimento da região, estimulando o comércio local e gerando novos serviços à população.