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Operários aprendem sobre construção virtual

Texto: Redação AECweb

Os pedreiros Manuel Leonardo e Josué Barros mostraram os melhores projetos e ganharam um notebook cada

04 de março de2010 - A rotina dos operários da construção civil em Fortaleza mudou. Desde o último dia 1º fevereiro, eles passaram a contar com uma oficina de Construção Virtual, que lhes permite adquirir conhecimentos básicos de leitura, projeção e construção da planta baixa de um imóvel.

E já existem trabalhadores ganhando com a iniciativa. É o caso, por exemplo, dos pedreiros Manuel Leonardo e Josué Barros dos Santos, que apresentaram os melhores projetos e cada um levou para casa, ontem, um notebook.

Usando os recursos de uma ferramenta de software chamada de BrOffice Draw, eles desenvolveram projetos de casas através do computador. Aprenderam a divisão dos cômodos, através do design interno da casa, até a colocação de mobílias. Durante a 1ª semana de fevereiro, eles encontraram uma atividade diferente no canteiro.

O pedreiro Manuel Leonardo, 46, há 20 anos acorda cedo, antes dos dois filhos, e cruza a cidade, do Antônio Bezerra à Aldeota, onde perdeu as contas da quantidade de prédios que ajudou a erguer. "Foi a primeira vez que usei um computador e tive dificuldade no início, mas os professores foram ótimos e ajudaram. Nunca achei que ia conseguir fazer um projeto de uma casa. Achei tudo bom. Vou continuar praticando e me desenvolver mais", afirma.

A rotina do pedreiro Josué Barros dos Santos, 42, também não é muito diferente, mas a chegada da informática no canteiro lhe trouxe muita satisfação. "A oficina do computador foi muito boa. Achei difícil, mas me esforcei. Vou continuar estudando e os meus filhos vão gostar muito, porque não tenho computador em casa", explica.

Oficinas
Promovida pelo Sindicato da Construção Civil do Ceará (Sinduscon-CE), em parceria com o Serviço Social da Indústria (Sesi), cada oficina, com turmas em média de 50 operários, tem cinco horas de duração, durante o horário de trabalho, desenvolvida ao longo de uma semana.

Para Paula Frota, vice-presidente de sustentabilidade do Sinduscon, "a oficina possibilita que o operário passe a compreender as plantas e projetos, aprimorando mais um conhecimento referente à sua profissão. Promove também uma maior familiaridade do manuseio da informática, visto que desde o ano passado estamos trabalhando oficinas de matemática e português nos canteiros de obras com professores do Sesi, utilizando notebooks e internet".

Ela adiantou que o trabalho vai continuar nos canteiros e a ideia é no fim do ano premiar o melhor projeto, também com a entrega de um notebook. "Ao longo do ano queremos realizar a oficina em 60 a 70 canteiros e atender 50 operários por semana. "A iniciativa está sendo bem recebida e levou inclusive, algumas construtoras a manter computadores nos canteiros para os trabalhadores continuarem treinando", pontua Paula Frota.

Fonte: Diário do Nordeste - CE

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