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Otimismo da construção civil é resultado dos programas federais

Texto: Redação AECweb

Pesquisa foi realizada pela CNI e pela Cbic e pelas federações e sindicatos da construção civil

10 de fevereiro de 2010 - A construção civil está otimista para o ano de 2010. Segundo o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), José Carlos Martins, a expectativa positiva vem de ações federais, como os programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida.

Ontem, foi divulgada a primeira edição da Sondagem da Construção Civil, indicador que vai medir mensalmente a atividade no setor. Referente a dezembro, a sondagem mostrou que os empresários estão muito otimistas em relação ao nível de atividade para os próximos meses, situada em torno de 70,6 pontos. O indicador vai de zero a 100 pontos.

"O [programa] Minha Casa, Minha Vida acabou criando dentro do setor um otimismo muito grande, porque foi uma mudança de cultura. É a primeira política pública que procura resolver o problema do déficit [habitacional] por meio da formalidade. Independentemente desse aspecto, todo o setor está aquecido", afirmou.

De acordo com Martins, outro motivo foi a redução das taxas de juros no últimos anos e o maior acesso ao crédito direcionado, caso da poupança e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). "Uma das formas de fazer a medida anticíclica foi pelo crédito direcionado, por meio do Fundo de Garantia, da caderneta de poupança, do crédito do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]. Foi aí que passou", disse o empresário.

Martins lembrou que, quando os bancos privados pararam com o crédito, os bancos públicos, como a Caixa Econômica e o Banco do Brasil, passaram a oferecer mais crédito.

Segundo a Sondagem da Construção Civil, o acesso ao crédito no quarto trimestre do ano passado ficou em 54,6 pontos. Contudo, as pequenas empresas ainda sentiram dificuldades para obtenção de crédito, apresentando índice de 48,7 pontos.

O gerente de Políticas Executivas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca, também disse que os programas federais têm contribuído para o alto otimismo do setor. "O pessoal da construção civil está mais otimista que o da indústria de transformação. Em parte, isso é devido às políticas anticíclicas do governo, voltadas tanto para bens duráveis quanto para a construção, o que fez com que esse setor revertesse o movimento da crise muito mais rápido", explicou.

A pesquisa foi realizada pela CNI e pela Cbic e pelas federações e sindicatos da construção civil entre os dias 4 e 22 de fevereiro. Participaram da análise 283 empresas de 17 estados.

Fonte: Agência Brasil - DF

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