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Panorama do Saneamento Básico demonstra crescimento de cobertura de esgoto

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

País ganhou 47,6 mil km de redes de abastecimento de água e 8,1 mil km de redes de esgotamento sanitário de 2019 para 2020

Panorama Esgoto Brasileiro
As redes de abastecimento de água tiveram ampliação de 7% e as redes de esgotamento sanitário aumentaram em 2,3% (Foto: Maksim Safaniuk/Shutterstock)

17/12/2021 | 17:18 –  Ao realizar os Diagnósticos da Prestação de Serviços de Saneamento Básico – água e esgoto, resíduos sólidos e águas pluviais, o Brasil registrou uma expansão nas redes de abastecimento pelo país, de 2019 para 2020. Em números, as redes de abastecimento de água tiveram ampliação de 7%, e as redes de esgotamento sanitário aumentaram em 2,3%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (17) pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. 

Foram consideradas quantidades diferentes de municípios para cada análise: os indicadores de abastecimento de água incluíram 5.350 municípios. Os indicadores de esgotamento sanitário, por sua vez, incluíram 4.774 municípios. Os de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, 4.589 municípios. Por fim, os indicadores de drenagem e manejo de águas pluviais urbanas incluíram 4.107 municípios.

O levantamento aponta que o Brasil alcançou, em áreas urbanas, 728 mil km de extensão de cobertura das redes de água potável no ano de 2020 — ou seja, um aumento de 47,6 mil km em relação a 2019. As ligações às redes avançaram de 59,1 milhões para 61,7 milhões (4,4%) e o consumo médio de água caiu de 153,9 litros diários por habitante para 152,1.

Esse aumento das ligações às redes de abastecimento de água é diretamente proporcional à quantidade de habitantes alcançados pela cobertura do serviço, que também cresceu para 175,5 milhões — 84,1% da população brasileira. Na área urbana, 166 milhões de pessoas — ou 93,4% da população urbana do país — têm acesso aos serviços. A Região Sul foi a que apresentou o maior índice urbano, com 98,8%, seguida do Centro-Oeste (98%), Sudeste (96,1%), Nordeste (89,7%) e Norte (72%).

No que diz respeito ao esgotamento sanitário, os números também são positivos: foram identificados, em 2020, 362,4 mil km de redes coletoras de esgoto, contra 354,3 mil km em 2019 — um acréscimo de 2,3%. Os relatos também reconheceram 36 milhões de ligações de esgotamento sanitário: um número 4% maior em relação às 34,6 milhões de ligações em 2019.

O atendimento por redes de esgoto, por sua vez, alcançou 112,4 milhões de pessoas: 4,3 milhões a mais que em 2019, exibindo crescimento de 4%. O índice médio de atendimento nas áreas urbanas ficou em 63,2%, com destaque para o Sudeste do País, que registrou cobertura de 84,9%. Contando as áreas não urbanas, a cobertura alcançou 114,6 milhões de pessoas — um crescimento de 4,6% em relação ao ano anterior.

Em relação à limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos, a cobertura foi de 98,6% da população urbana em 2020. O recolhimento estimado de resíduos foi de 66,64 milhões de toneladas, das quais 1,9 milhão foram coletados de forma seletiva. Desses, 1,37 milhão de toneladas foram recuperados, sendo 1,07 milhão o equivalente a recicláveis secos e 0,27 milhão a recicláveis orgânicos.

Desse total, 48,17 milhões de toneladas (73,8%) foram dispostas em aterros sanitários e outras 17,13 milhões de toneladas foram destinadas a unidades consideradas inadequadas — lixões e aterros controlados.

No quesito drenagem e manejo de águas pluviais urbanas, 67,6% dos municípios não contam com mapeamento de áreas de risco de inundação de cursos d’água urbanos. Além disso, 45,3% das cidades possuem sistema exclusivo de drenagem urbana, 12% mantêm um sistema unitário (misto com cargas de esgoto) e 21,3% utilizam em suas áreas urbanas sistemas exclusivos e unitários de forma simultânea.

Os dados foram coletados por meio do SNIS, o Sistema de Informações do Setor de Saneamento Brasileiro. Ele é gerenciado pela Secretaria Nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional, e proporciona dados de caráter operacional, gerencial, financeiro e de qualidade dos serviços de Água e Esgotos (desde 1995), Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos (desde 2002) e Manejo das Águas Pluviais Urbanas (desde 2015).

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