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Para o presidente do Sinduscon, 2013 não vai deixar saudade

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Em entrevista ocorrida na última segunda-feira, Watanabe destacou a perda de credibilidade que o Brasil viveu

03 de dezembro de 2013 - “O ano de 2013 não vai deixar saudades, como 2012 não deixou”, afirmou o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, em entrevista coletiva à imprensa, ocorrida em 2 de dezembro. “Este ano foi ruim para o Brasil, não só para a construção civil”, ressaltou. “O governo implementou várias ações pontuais de incentivo à economia e, com a outra mão, interveio demais. A economia não decolou. Foi uma frustração.”

Segundo ele, grande parte do recuo no ritmo de lançamentos tem a ver com a credibilidade, do governo e da economia, perdida neste ano. “O Brasil perdeu muita credibilidade, não só do ponto de vista dos investidores externos, mas também dos internos”, disse Watanabe. “Nos segmentos industrial e comercial, muitos investimentos foram suspensos porque o empresariado não enxergava crescimento suficiente da demanda”, acrescentou.

O avanço menor do PIB do setor que o do conjunto da economia, apontado pelo SindusCon-SP, foi considerado atípico pelo sindicato. “Desde 2006 não tínhamos um crescimento do produto setorial menor que o do PIB”, lembrou Ana Maria Castelo, economista da FGV, que dá consultoria econômica ao SindusCon-SP, que iniciou o ano contando com maior contribuição das obras de infraestrutura.

Segundo ela, “o Programa de Logística ainda não reverteu em atividade para o setor; o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) andou em ritmo mais lento... e as concessões começaram agora, com um reflexo na atividade da construção que deverá ocorrer somente daqui a seis meses”.

Ana Maria disse que o segmento imobiliário vive “claramente o final de um ciclo de obras”, que teve seu auge entre os anos 2008 e 2010. “Grande parte dos lançamentos feitos neste período foi entregue ao longo de 2013. No entanto, apesar do cenário mais fraco no setor neste ano, os custos de mão de obra, de materiais e equipamentos e de serviços seguiram em alta em 2014.”

Para Watanabe, a grande pergunta é sobre o ano seguinte. “Qual o tamanho da conta que vai ficar para 2015, seja qual for o governo que ganhará as eleições?”, atentou. “Cada dia está mais difícil empreender no país. O Brasil precisa melhorar o ambiente de negócios”, ponderou.

Fonte: Sinduscon-SP

 

 

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