Preço dos imóveis cai pelo terceiro mês seguido no Brasil
Depois da crise internacional, os preços no mercado de imóveis pararam de subir. Os dados são da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.
23 de agosto de 2011 - No Brasil, depois da crise internacional, uma boa notícia: o mercado de imóveis deu uma virada. Os preços dos apartamentos já começaram, aos poucos, a parar de subir. A diferença ainda é pequena, mas mostra uma tendência boa para quem está pensando em comprar um imóvel. Os preços estão subindo menos. Os dados são da Fipe, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da Universidade de São Paulo. E essa desaceleração nos preços já acontece há três meses.
A crise internacional mudou os planos do empresário André Toffanello. Para não ficar endividado, ele vai trocar o apartamento de quatro quartos financiado por um menor e se livrar das prestações. “Há dois anos eu fiz o financiamento com uma perspectiva e, devido a esse momento, essa perspectiva diminuiu e a gente tem de tirar alguns custos”.
A cautela dos consumidores mexeu com o mercado imobiliário, segundo o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal (Sinduscon-DF). Um exemplo: para vender todos os apartamentos de um prédio, uma empresa de Brasília levava três meses, em média. Para fechar um negócio desse porte agora demora, pelo menos, um ano.
“A crise internacional sempre afeta principalmente o investidor, que tem e quer um porto seguro para colocar seu dinheiro”, afirma Júlio César Peres, presidente do Sinduscon-DF.
A crise também desacelerou a alta no preço dos imóveis pelo terceiro mês seguido, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). A pesquisa indica que a turbulência financeira tem segurado os reajustes do valor do metro quadrado. A tendência no momento é que os preços dos imóveis fiquem estáveis.
O dono de construtora Paulo Baeta diz que a oferta de imóveis cresceu e já que o cliente pode escolher, avaliar bem e negociar. Daí o efeito no preço. “Acredito que nós chegamos a valores bem atualizados e eles vão continuar subindo, mas não tão acelerado como aconteceu no passado”, diz.
Para muitos corretores o momento é de acomodação. Quem for comprar imóvel agora vai ser muito mais cauteloso e lembrar que estamos no meio de uma crise, que não sabemos o tamanho real dela.
Fonte: G1