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Prédios comerciais verdes em alta no Rio

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

50% das unidades entregues este ano terão o selo

26 de março de 2013 - O caminho para uma arquitetura mais sustentável no Rio ainda é longo. Mas, pelo menos nos empreendimentos comerciais de alto padrão, ele já começa a ser percorrido. E o que aponta pesquisa recente da consultoria Cushman & Wakefield: até o fim deste ano devem ser entregues cerca de 218 mil metros quadrados de prédios em processo de certificação, ou 50,1% dos empreendimentos comerciais que ficarão prontos na cidade em 2013. Com isso, o estoque de prédios que são considerados verdes ou sustentáveis, que hoje corresponde a 4,2% do total existente no Rio de Janeiro, chegará a 7,4%.

Boa parte desses novos empreendimentos ficam na Barra e na região central do Rio, que inclui a Cidade Nova e áreas próximas ao Porto. E, para os próximos anos, a expectativa é de crescimento ainda maior, já que muitos dos projetos de prédios comerciais do Porto devem obedecer aos critérios de sustentabilidade exigidos por selos como o Leed, do Green Building Council Brasil (GBC), Breeam, e Aqua, da Fundação Vanzolini.

- A pesquisa mostra que essa é uma tendência que está amadurecendo. Passamos da fase da desconfiança para a da valorização - avalia Antônio Macedo Filho, gerente sênior de Green Building da Cushman & Wakefield, acentuando que construtoras e incorporadoras perceberam que vale a pena investir mais em sustentabilidade. - Tanto porque melhora a imagem da companhia quanto, efetivamente, por uma questão de economia de recursos.

Segundo Macedo, a chegada de empresas multinacionais acaba funcionando como grande motivador deste movimento, já que, em outros países, a economia de recursos proporcionada por construções verdes acaba constando de relatórios globais de sustentabilidade que essas empresas precisam mostrar a seus acionistas.

E, já que existe uma demanda crescente, é natural que a oferta também seja cada vez maior, diz o gerente da consultoria:

- No Rio, esse movimento parece ainda mais forte por conta da revitalização da região do Porto, onde muitos prédios já estão sendo planejados com essas características, apesar de ainda não terem sido lançados.

Quando se trata do segmento residencial, contudo, o caminho a ser trilhado parece ser ainda mais longo. São poucos os empreendimentos com características sustentáveis em construção e, quando há algum lançamento nesse sentido, é quase sempre de casas, e não de prédios. Para Macedo, a mudança passa também por uma transformação na mentalidade do consumidor final. Enquanto as empresas já perceberam como a economia proporcionada por prédios verdes pode ser importante financeiramente, o consumidor de apartamentos ainda se preocupa com outras questões:

- O que pesa na decisão de comprar um imóvel para morar é a sua localização, a segurança, a qualidade de vida. Claro que há aqueles que se preocupam com as questões ambientais e de economia de recursos naturais também, mas eles ainda são exceção.

Fonte: O Globo

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