Principal dificuldade é a falta de terrenos, aponta pesquisa
Texto: Redação AECweb/e-Construmarket
Gargalo atingiu 78,8 pontos – em uma escala de zero a 100
09 de maio de 2013 - Durante o workshop “Minha Casa, Minha Vida e Parcerias: Gargalos e Propostas”, o vice-presidente de Habitação Popular do SindusCon-SP, João Claudio Robusti, apresentou os resultados de uma pesquisa realizada pelo sindicato, em parceria com a CBIC e a FGV, com uma amostra qualificada de 66 construtoras de todo o país que atuam no programa. Para 92% das empresas consultadas o programa foi considerado importante (30%) ou muito importante (62%) para seu horizonte de negócios.
O levantamento mostrou também que a falta de disponibilidade de terrenos é vista como a principal dificuldade. Este gargalo atingiu 78,8 pontos – em uma escala de zero a 100, sendo que valores acima de 50 indicam mais dificuldade e abaixo de 50 pouca dificuldade. Dos 14 obstáculos citados na pesquisa, 13 atingiram resultado acima de 50 pontos. Ao comentar os dados, Robusti ressalvou que a pesquisa foi feita antes do lançamento do “Programa de Olho na Qualidade” da Caixa, que incluiu a criação de um serviço de atendimento ao cliente (0800) para registro de reclamações. Entre as ações apontadas por ele para aprimoramento do programa, o vice-presidente destacou a criação de um balcão único na prefeitura para aprovação e liberação de projetos. “Essa ideia precisa seguir adiante”, afirmou.
Outro ponto apontado como fundamental por Robusti para a boa evolução do Minha Casa está no reconhecimento da importância do trabalho terceirizado para o setor. “Temos um amplo leque de problemas para atacar, mas precisamos deixar claro que é essencial para o programa a manutenção do trabalho terceirizado”.
Entre as maiores dificuldades apontadas pelas construtoras a lista inclui os processos de aprovação junto a órgãos do governo do Estado (77,3 pontos), a contratação de mão de obra qualificada (75,3 pontos), legalização para entrega dos empreendimentos (73,5 pontos) e serviços de cartórios (73 pontos). O único item apontado como tendo pouca dificuldade foi a fiscalização das obras (42,7 pontos).
Fonte: Sinduscon – SP