Produção de blocos de concreto no Rio cresce 220% de olho nos Jogos Olímpicos
Produção mensal saltou de 2,5 milhões por mês para 8 milhões em apenas quatro anos
19 de abril de 2011 - A produção de blocos de concreto saltou de 2,5 milhões por mês para 8 milhões mensais em apenas quatro anos. O “boom” na fabricação do material mais básico de prédios e outras estruturas tem uma explicação: a chegada da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos.
Os números foram divulgados na última segunda-feira (18) pelo Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
O setor da construção civil é quem mais vai se beneficiar com os eventos esportivos, já que vai receber quase R$ 23 bilhões dos R$ 33 bilhões dos investimentos públicos e privados previstos, segundo dados do Ministério do Esporte.
Segundo o Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, estudo inédito do Sebrae realizado pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), a construção é o que apresenta as maiores possibilidades de negócios, entre os nove setores analisados.
De acordo com a coordenadora dos projetos da Indústria da Construção Civil do Sebrae no Rio de Janeiro, Renata Gravina, o órgão está empenhado a inserir as pequenas empresas nesse processo. “Trabalhamos para oferecer todo o suporte técnico e gerencial para que as empresas se beneficiem das oportunidades geradas pelo aquecimento econômico. O cruzamento entre oferta e demanda por meio de articulações com sindicatos e empreiteiras, além da participação em feiras e eventos, contribuem para que elas se insiram de forma competitiva no mercado”.
Adesão
O primeiro diagnóstico do Plano de Desenvolvimento Empresarial identificou que muitos dirigentes, embora com viés empreendedor, não tinham acesso ao conhecimento. Dessa forma, durante o processo de capacitação, implantado em etapas e sempre acompanhado por visitas técnicas, os empresários aprenderam sobre a formação de preço, produtividade e implantação de um programa de qualidade, que contemplava da limpeza correta dos equipamentos ao atendimento dos clientes.
Outro indicador positivo é que este grupo, que detinha 35% da produção do mercado fluminense, hoje responde por mais de 75%. Atraídos pelos bons resultados, empresários que trabalham com lajes pré-fabricadas estão aderindo ao programa.
Há 18 anos no mercado, a Brasibloco Artefatos de Cimento, instalada em Santa Cruz, zona oeste da cidade, segundo o sócio-diretor Mauro Martins, dobrou sua produção em três anos. “Aprendemos que a gestão maximiza os resultados. A participação em feiras nacionais e internacionais também foi importante porque começamos a investir em equipamentos mais avançados, possibilidade que antes parecia inatingível”.
Fonte: R7