Produção de feno atrai investimentos em máquinas
Por muito tempo circunscrito às regiões de clima temperado e às dietas de equinos ou vacas leiteiras, o feno revelou-se um alimento versátil e estratégico, que pode ser usado em diferentes sistemas de produção pecuária. Como a sua produção exige um conjunto mecanizado específico, cresce o investimento em máquinas específicas para essa atividade. Um dos indicadores de que a fenação começa a interessar pecuaristas de corte são as vendas de equipamentos para esse setor, que, segundo especialistas, cresceram 20% nos últimos três anos.
As tecnologias para a produção de feno normalmente inclui uma segadora, que corta a forragem; um ancinho espalhador, que movimenta o material cortado para melhor desidratá-lo; uma enleiradeira, que a organiza em linhas e uma enfardadeira, que a recolhe, acondicionando-a na forma de rolos ou blocos retangulares.
Há grande diversidade de modelos desses implementos no mercado, além de interesse de empresas estrangeiras na exploração da demanda potencial brasileira. A alemã Krone, por exemplo, já desembarcou no país, onde está sendo representada pela paranaense Bauwman .
Multinacionais como a John Deere e a New Holland contam com segadoras e enfardadeiras em seu portfólio, em geral destinadas a empresas prestadoras de serviço, que atendem muitos produtores e demandam equipamentos com maior rendimento. A enfardadeira gigante BB 9080 da New Holland, por exemplo, elabora fardos retangulares com 2,5 metros de comprimento e possui um monitor computadorizado que permite ajustes automáticos de dentro do trator.
A enfardadeira cilíndrica 569 da John Deere, além de monitor, possui sistema recolhedor de ferragem com 4 barras e faz fardos com peso máximo de 1.100 kg. Mais especializada nesse segmento, a Kuhn tem ampla linha de implementos para fenação, com destaque para as segadoras de discos rotacionados GMD, que associa simplicidade operacional com largura variável de trabalho.