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Produção de materiais de construção cresce 11,9% em 2010

Texto: Redação AECweb

Valor também estabelece novo recorde histórico de consumo no país

29 de abril de 2011 - A produção de materiais de construção teve alta de 11,9% em 2010, resultado que levou à superação do desempenho recorde observado em 2008. Conforme dados da Abramat - Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção, o consumo de cimento atingiu a marca de 59,6 milhões de toneladas, um aumento de 14,9% na comparação com 2009. O valor também estabelece novo recorde histórico de consumo no país.

"Os números consolidados de 2010 mostraram que a cadeia da construção fechou o ano com resultados excepcionais em decorrência direta da expansão do crédito que impulsionou de forma significativa o segmento imobiliário e de infraestrutura", afirma a Abramat em comunicado.

Contudo, a associação afirma que houve descompasso entre a produção da indústria e as vendas do comércio causada pela perda de competitividade por conta do câmbio valorizado e custos internos elevados.Outro ponto é a falta de trabalhadores mais qualificados.

As vendas da indústria de materiais para o mercado interno totalizaram R$ 103,8 bilhões, o que significou uma alta de 12,1% acima da inflação do setor em relação a 2009. As vendas de materiais de construção no comércio varejista mostraram desempenho superior ao da indústria, com aumento real de 16,3% na comparação com 2009.

As projeções de crescimento da economia brasileira em 2011 foram revistas para baixo. Isso porque dois fatores novos no cenário internacional: a crise japonesa - provocada pela combinação de terremoto, seguido de tsunami e crise nuclear - e o aumento do preço do petróleo alteraram sensivelmente as perspectivas. Esses fatores somados aos efeitos do aumento interno dos juros e ao corte no orçamento farão o ritmo de expansão das atividades na economia brasileira reduzir de forma expressiva em 2011.

Ao final de 2010, o crescimento esperado para 2011 era de 5% em termos reais. Os novos fatos levam a uma revisão dessa projeção para 3,3% em 2011.

"Os efeitos desses fatores, contudo, não serão tão prejudiciais para o setor da construção; eles são mais expressivos em outras cadeias produtivas. Além disso, os recursos para o crédito habitacional estão garantidos e a expectativa de investir continua elevada", explica a associação. A expectativa é de crescimento de 7,5% a 8% na cadeia da construção civil em 2011.

Fonte: LogWeb - SP

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