Programa de financiamento possibilita que mais jovens tenham casa própria
Na nova fase do "Minha Casa, Minha Vida", o Banco do Brasil (BB) vai atuar em todo o território nacional, de forma complementar à atuação da Caixa Econômica Federal, com a oferta de financiamentos, também na faixa entre zero e três salários mínimos.
23 de agosto de 2011 - A compra do primeiro imóvel é considerada por muitas pessoas uma das tarefas mais difíceis quando se é muito jovem. Falta de recursos próprios, altos valores dos imóveis e renda ainda baixa são alguns dos principais fatores. Mas esse cenário está mudando com a chegada do programa de financiamento do Governo Federal "Minha casa, minha vida" - que já está em sua segunda fase proporcionando para muitos jovens o gostinho de conquistar a casa própria cada vez mais cedo.
A administradora de empresas Michele da Silva Pei¬xoto, de 33 anos, e o marido, Marcelo Camilo da Silva, de 34, depois de morarem 10 anos de aluguel, conseguiram conquistar o primeiro imóvel através do "Minha casa".
"Esse financiamento do Governo Federal caiu como uma luva. Nossa casa custava R$ 88 mil. Com o subsídio do governo de R$ 23 mil conseguimos financiar o restante, os R$ 63 mil, em 25 anos. Hoje tenho certeza de que sem o programa estaríamos ainda pagando aluguel", detalha Michele.
De acordo com Marcelo Silva, a renda do casal gira em torno R$ 3,8 mil e, como as parcelas não são altas, o valor da prestação está saindo mais em conta do que o aluguel.
Estamos muito felizes por proporcionar essa segurança para nossos filhos Gabriel Peixoto, de 2 meses, e Ana Beatriz Peixoto da Silva, de 7", orgulha-se Marcelo Silva.
Outra que conquistou a independência com o "Minha casa, minha vida" foi a engenheira de produção Danielle das Neves, de 26. A engenheira acaba de comprar um apartamento em Pendotiba, em Niterói.
"Morei com meus pais até o início deste ano. Foi então que consegui financiar o meu apartamento através do Minha casa. Estou muito satisfeita e sei que se não fosse este programa ainda estaria morando com os meus pais. Sentir o sabor da independência financeira é muito bom", comenta a engenheira, fazendo questão de indicar o programa de financiamento para os amigos que desejam comprar o primeiro imóvel.
Para atender essa crescente demanda, as construtoras estão desenvolvendo produtos especiais que se enquadram nos padrões do "Minha casa, minha vida". Como é o caso da construtora Rossi.
"A empresa desenvolveu uma estratégia adequada a este segmento e criou uma linha de produtos denominada Rossi Ideal. Nesses empreendimentos são ofertadas unidades com dois ou três quartos em prédios com até quatro andares e com área de lazer completa", informa Fernando Jarczun, gerente de célula da regional Rio de Janeiro da Rossi.
Outra construtora que está com grandes investimentos para atender os consumidores do "Minha casa, minha vida" é a Fator Realty. Em Maricá, a empresa está construindo um megaempreendimento na cidade chamado Vida Nova Maricá, que reunirá mais de 20 mil apartamentos em uma área de 1,2 milhão de metros quadrados.
"Estamos atravessando um momento muito importante para o mercado imobiliário. Muitos brasileiros estão tendo a chance de comprar o primeiro apartamento. Na minha opinião, esse, sem sombra de dúvidas, é um momento crucial para o futuro de nosso País", explica Paulo Fabbriani, presidente da Fator Realty.
George Robinson Santos, de 27, especialista em software, mostra a chave da casa própria com muito orgulho.
"Ter a casa própria representa a segurança para a família que quero construir com minha mulher. O programa foi a única opção que cabia em nosso orçamento", ressalta George, que financiou o imóvel em São Gonçalo, em 25 anos.
Nesta nova fase do programa, o Banco do Brasil (BB) vai atuar em todo o território nacional, de forma complementar à atuação da Caixa Econômica Federal, com a oferta de financiamentos, também na faixa entre zero e três salários mínimos. Até então, o BB oferecia financiamento do programa para famílias com renda entre três e dez salários mínimos.
"Nós já atuávamos na faixa de três a dez salários mínimos. O governo e o Banco do Brasil entendem que se pode colaborar muito nessa faixa, a de zero a três salários, que é a faixa mais necessitada. Por isso, vamos oferecer crédito agora para quem mais necessita e não tem condições de adquirir uma moradia", ressalta Paulo Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil.
O valor máximo para os financiamentos na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, que engloba Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá, é de R$ 170 mil.
De acordo com informações do Ministério das Cidades, nesta etapa, 60% das unidades habitacionais deverão ser destinadas a famílias com renda mensal de até R$ 1,6 mil, por mês, na área urbana, e até R$ 15 mil anuais para a área rural. Espera-se que estas famílias de baixa renda concentrem 1,2 milhão de moradias no "Minha casa, minha vida 2".
O limite de renda da primeira etapa do "Minha casa", para a população de baixa renda, era de até R$ 1.395 por mês, em moradias urbanas. Para as famílias com renda mensal de até R$ 3,1 mil por mês na área urbana e de R$ 30 mil por ano na área rural serão 600 mil habitações, o que representa 30% do investimento. Os limites anteriores eram de R$ 2,7 mil por mês para a área urbana e de até R$ 22 mil anuais para a zona rural.
No caso das famílias com renda de até R$ 5 mil mensais, na área urbana, e até R$ 60 mil anuais na área rural, serão 200 mil moradias até 2014, informou o governo federal. O equivalente a 10% dos investimentos. "No Minha casa, minha vida 1", os limites eram de até R$ 4,6 mil por mês para a zona urbana e de até R$ 55,8 mil para a área rural.
Fonte: O Fluminense