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Programa facilitará compra de móveis nos moldes do Minha Casa, Minha Vida

Texto: Redação AECweb

Sindmóveis enviará projeto à CEF para a criação de programa de financiamento de imóveis, com taxas de juros reduzidas e prazo para pagamento estendido

18 de fevereiro de 2010 - A compra de móveis pode ficar mais acessível aos consumidores, com uma linha de financiamento pela Caixa Econômica Federal, a exemplo do que o programa Minha Casa, Minha Vida faz para facilitar a aquisição de imóveis.

O Sindmóveis (Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves - Rio Grande do Sul) enviará nas próximas semanas à CEF um projeto para a criação de um programa de financiamento de móveis, com taxas de juros reduzidas e prazo para pagamento estendido.

O presidente da entidade, Glademir Ferrari, afirma que o prazo previsto para pagamento seria algo em torno de cinco anos. Já os juros cobrados seriam "menores que os praticados pelos lojistas", mas não há ainda a definição de qual seria a taxa definida no projeto nem qual o limite de crédito para a compra.

"É preciso haver um prazo mais longo para que a parcela mensal seja mais baixa para o cidadão", disse Ferrari. Para ele, a medida vai estimular a indústria moveleira e ajudar as pessoas, especialmente as que adquirem imóveis usufruindo dos benefícios do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida", do Governo Federal, a entrarem na casa nova sem precisar trazer a mobília antiga, da casa anterior.

Diferente
Atualmente a CEF possui uma linha de crédito chamada Caixa Fácil. Contratado dentro das próprias lojas, o crediário pode ser usado para a aquisição de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, TV e vídeo, pacotes turísticos e materiais para construção.

"A diferença desse é que não será o lojista quem vai determinar os juros. Será um valor bem reduzido, assim como são os descontos do Minha Casa, Minha Vida para compra de imóveis", explicou Ferrari. "A diferença está no prazo mais elástico, com taxas mais competitivas", disse.

Minha Casa
A ideia inicial do Sindmóveis era incluir a aquisição de móveis no programa Minha Casa, Minha Vida. Porém, após apresentarem o projeto à secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, a opção foi abortada.

Os recursos do Minha Casa são provenientes do FGTS e, por lei, o fundo só pode ser aplicado em obras de infraestrutura logística, energética ou social e urbana (incluindo habitação). Logo, o FGTS não poderia financiar a aquisição de móveis. "Fomos aconselhados pela Inês a procurar o superintendente Nacional da CEF, Milton Krieger, para negociar outro tipo de financiamento que contemple os móveis", contou Ferrari.

O projeto será entregue a Krieger. Ferrari afirma que o executivo foi convidado a participar da Móvel Sul, um evento da indústria moveleira do Sul que acontece em março. Na ocasião, mais detalhes sobre a proposta podem ser fechados.

Fonte: Infomaney - SP

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