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Projeção para crescimento da economia em 2023 cai em fevereiro

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

Já a previsão para o IPCA, considerado a inflação oficial do país, variou para cima

foto de uma bandeira do Brasil, com algumas cédulas de dinheiro em cima e 4 cubos de madeira que formam o ano 2023
Quanto maior é o PIB, maior é a economia de um país, o que indica que mais pessoas investem e consomem nele (Foto: Andrzej Rostek/Shutterstock)

14/02/2023 | 13:27 –  Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda (13) — uma pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) — a projeção para o crescimento da economia de 2023, dada pelo Produto Interno Bruto (PIB) do país, caiu de 0,79% para 0,76%.

Representando a soma de todos os bens e serviços no país, além de ser considerado a principal forma de medir o crescimento econômico de uma região ou país, o PIB manteve boas projeções para o próximo ano. Para 2024, a estimativa é de crescimento de 1,5% — um cálculo que já se mantém há sete semanas consecutivas. Para 2025 e 2026, as projeções indicam expansão de 1,85% e 2%, respectivamente.

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Vale salientar que, quanto maior é o PIB, maior é a economia de um país, o que indica que mais pessoas investem e consomem nele. Um PIB maior também indica uma renda maior da população.

Outro índice calculado pelo Boletim Focus é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. A previsão, para o restante de ano, é de crescimento de 5,78% para 5,79%. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 4%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.

Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 está acima do centro da meta prevista, de 3%, também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Inflação

A inflação foi outra que não apresentou dados muito promissores para este ano, visto que, segundo o Banco Central, o indicador só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, em 2,8%. Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.

Em janeiro, puxado principalmente pelo aumento de preços de alimentos e combustíveis, o IPCA ficou em 0,53%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Taxa de juros

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está nesse nível desde agosto do ano passado — o maior patamar desde janeiro de 2017, quando alcançou o mesmo valor.

Com as projeções para a inflação acima das metas para 2023 e 2024, o BC prevê que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto.

Para o mercado financeiro, a expectativa é que a Selic termine o ano em 12,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 10% ao ano. E para 2025, a previsão é de Selic em 9% ao ano.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

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