Queda de desemprego estimula venda de imóvel
Ganho real de trabalhador vai contribuir com crescimento de 30% no crédito imobiliário
30 de janeiro de 2012 - O baixo índice de desemprego e o aumento do ganho real dos trabalhadores do País vão impulsionar o crescimento de 30% no crédito imobiliário este ano. O setor terá como foco principal, em 2012, as famílias de classes média e média/baixa por meio da ampliação de ofertas de imóveis participantes do Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.
As previsões são da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). A entidade aponta que o financiamento imobiliário deve alcançar o recorde de R$ 103,9 bilhões.
O presidente da associação, Octavio de Lazari Jr, explicou que os dois fatores citados anteriormente são resultado do aquecimento da economia que o País vive nos últimos cinco anos. "Há mais registros de ganho real de salário para diversas categorias. A permanência no cargo por mais tempo faz com que o trabalhador ganhe confiança de contratar um empréstimo mais longo. E o brasileiro tem esse costume, o de comprar casa para moradia", disse.
Lazari lembrou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou ontem que a taxa de desemprego no País ficou em 6% ano passado, a menor da história. "Há um nível de empregabilidade melhor e as pessoas encaram a possibilidade de comprar a casa própria", disse.
Taxas de juros serão reduzidas
Os juros de financiamento imobiliário deverão ser reduzidos de 10% para 9,5% ao ano em 2012. O presidente da Abecip, Octavio de Lazari Jr, destacou que a previsão é que o mercado acompanhe a redução da taxa básica da economia (Selic) de 10,50% ao ano para 9,50%.
Ele explica que o Programa Minha Casa, Minha Vida vai se manter aquecido, principalmente, com os incentivos do governo e da Caixa Econômica. "São programas importantes para os brasileiros. São 8 milhões de pessoas com déficit habitacional no País. É possível reduzir problemas com esses tipos de exemplos", afirmou.
Ele acrescenta que as construtoras já perceberam a mudança econômica das famílias de classe média e, portanto, vão ampliar a oferta para esse segmento.
Fonte: O Dia