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Queda dos juros aumenta procura por casa financiada

Texto: Redação AECweb

De acordo com a Superintendência Regional da Caixa no Rio de Janeiro, são esperados 110 mil visitantes no Feirão do Riocentro

15 de maio de 2009 - A crise financeira global, que atinge o Brasil desde o ano passado, não deve afetar o 5º Feirão da Casa Própria da CEF (Caixa Econômica Federal), aberto ontem no Rio de Janeiro e que vai a mais quatro cidades do Brasil hoje, chegando a um total de 10 até junho.

Seus organizadores contam com a redução dos juros, a partir da taxa básica Selic, para, somente no Rio, alcançar um aumento projetado em 11,48% nos visitantes e em 16,28% no volume de negócios em relação ao ano passado.

Segundo a Superintendência Regional da Caixa no Rio de Janeiro, são esperados 110 mil visitantes este ano no Riocentro, em Jacarepaguá (Zona Oeste), onde acontece o evento, contra 98.670 em 2008. Já o volume de negócios deve subir de R$ 645.013.971, no passado, para R$ 750 milhões nesta quinta edição.

A previsão de alta é respaldada pelos resultados de janeiro a abril deste ano, quando a Caixa liberou mais do que o dobro de créditos habitacionais do que no mesmos quatro primeiros de 2008. Foram R$ 10 bilhões de empréstimos em todo o Brasil, 104% do que os R$ 4,8 bilhões do ano passado.

Segundo a superintendente regional da Caixa no Rio, Nelma Souza Tavares, a redução da taxa básico de juros Selic - em seu menor índice histórico, 10,25% - impulsionou o aumento da procura pela casa própria, assim como o aumento nos preços dos aluguéis. “A Caixa seguiu a queda na Selic, baixando também seus juros (em diferentes patamares, de acordo com o tipo de crédito). Muita gente que pesquisa acaba conseguindo financiamentos mais baratos que o aluguel que pagam”,  afirmou.

Não chegou a tanto, mas o empresário Bruno Barros, 28, chegou perto e saiu do Riocentro com "vários apartamentos para ver no sábado" na Freguesia e no Pechincha, em Jacarepaguá, com financiamentos de "R$ 600, R$ 700", pouco mais que os R$ 500 que paga de aluguel em Laranjeiras.

Com renda familiar "em torno de R$ 3 mil", Bruno, que vive com a mulher e o filho de sete anos pretende se mudar mesmo para bem mais longe do trabalho, no Centro, a fim de se livrar do aluguel, que "junto com escola e outras despesas" pesa na conta. Com 30 anos para pagar, ele pretende quitar a conta na metade do tempo, "usando férias e 13º".

Há limite de idade para quitar o pagamento até 80 anos, evitando dívidas impagáveis, explicou a superintendente da Caixa no Rio, acrescentando que a abertura do plano Carta Caixa também aumentou a procura, ao ampliar financiamentos a imóveis até R$ 500 mil, quando o crédito do FGTS permite só até R$ 300 mil.

Os imóveis financiados também cresceram, em 20,17%, de 55.060, em 2008, para 66.163 neste ano. Mais de 2 mil são intermediados pela SMH (Secretaria Municipal de Habitação) do Rio, 1.436 em parceira com o projeto Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal e 673 no PAR (Programa de Arrendamento Residencial)

O primeiro projeto contempla
Famílias com renda de três a 10 salários mínimos, que até domingo serão cadastradas por técnicos da Secretaria de Habitação em um estande no Feirão. A maioria dos imóveis desse projeto - 1.228 - fica em conjuntos em Realengo, na Zona Oeste, enquanto os outros 208 são de um condomínio no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte.

O PAR cadastra famílias com renda de R$ 1 mil a R$ 2 mil, para casas já construídas em Santa Cruz e Cosmos, ambos na Zona Oeste. Policiais, bombeiros, agentes penitenciários e guardas municipais, porém, podem se cadastrar até com renda familiar um pouco mais alta, de R$ 2,8 mil.

Fonte: Jornal do Brasil
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