Queiroz Galvão reduz investimentos e Camargo Corrêa aumenta as vendas
Resultados favoráveis também chegaram a Helbor Empreendimentos
10 de fevereiro de 2009 - A turbulência econômica internacional afetou parte dos negócios do grupo Queiroz Galvão, que confirmou que deve reduzir em 20% os investimentos em 2009, para cerca de R$ 900 milhões. Apesar da revisão dos aportes, o presidente do grupo, Ricardo Queiroz Galvão, disse que o cenário não deve gerar demissões ou influir nos lucros.
"Estamos apenas menos afoitos e mais contidos", comentou ele, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o executivo participou da inauguração das obras de R$ 180 milhões para a dragagem (aprofundamento) da Baía de Guanabara, para revitalização ambiental da Ilha do Fundão, financiada pela Petrobras. Galvão reafirmou o interesse em participar de leilões do setor de energia.
Balanços
A influência da crise no setor de construção começa a desenhar seu contorno nos resultados financeiros apresentados do quarto trimestre do ano passado. A Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), por exemplo, viu as vendas contratadas, nos empreendimentos em que a empresa participava como incorporadora, somarem R$ 263,5 milhões no período, o que representa um salto de 44,6%, na comparação com os três últimos meses de 2007.
No acumulado do ano, essa performance foi ainda maior, com um avanço de mais de 300%, o que significa vendas de R$ 1,613 bilhão, no ano. Enquanto as vendas contratadas cresceram, o valor geral de vendas (VGV) dos lançamentos caiu 69,6%, ficando no valor de R$ 233 milhões, enquanto no acumulado do ano a queda foi de 23,7%.
O termômetro de resultados mais favoráveis também chegou à Helbor Empreendimentos, que viu suas vendas contratadas atingirem R$ 115 milhões no 4º trimestre de 2008, alta de 3,5% na comparação às vendas do trimestre anterior. No acumulado de 2008, as contratadas foram R$ 448 milhões, quase 8% a mais do que o mesmo período do ano anterior.
Fonte: DCI, 10/fev