Resultado do PIB confirma crescimento de 11,6% da construção civil em 2010
Grande aumento das obras colaborou com o “crescimento chinês” do setor no ano passado
04 de março de 2011 - O crescimento do PIB da construção civil de 11,6% em 2010 "confirmou o crescimento chinês do setor no ano passado, conforme já havíamos antecipado, de acordo com o que mostravam nossos indicadores econômicos", afirmou o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe.
Segundo ele, esse crescimento "acabou se constituindo em um ponto fora da curva, em função do grande aumento das obras em 2010. O aumento da renda e da oferta de financiamentos imobiliários; a construção das moradias do Programa Minha Casa, Minha Vida; a elevação do número de obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e dos governos estaduais e municipais; o incremento das obras privadas –tudo isso colaborou para o expressivo crescimento do PIB da construção, de 11,6%".
Para 2011 a taxa desse crescimento não será a mesma, devendo situar-se em torno de 6%, segundo o presidente do SindusCon-SP. "Estamos trabalhando com essa previsão desde o início do ano, e a expectativa é que ela não mude, mesmo em função do corte do Orçamento Geral da União. A verba para a execução de cerca de 600 mil moradias da primeira fase do programa Minha Casa, Minha Vida está assegurada. Haverá ainda mais recursos para o financiamento imobiliário, vindos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço. E até o momento não temos notícias de cortes na execução das obras já contratadas do PAC", disse Watanabe.
Entretanto, segundo ele, esta previsão poderá ser revista se o governo tomar novas medidas restritivas para debelar a inflação, além do corte do Orçamento e da nova elevação da taxa de juros decidida pelo Copom nesta semana.
Para o presidente do SindusCon-SP, outra boa notícia dada pelo IBGE foi o aumento da taxa de investimento para 18,4% do PIB em 2010, superior à taxa de 16,9% em 2009. "Isso mostra que o Brasil está recuperando sua capacidade de investimento, embora ainda necessitemos continuar elevando essa taxa até chegar ao patamar de 25%, quando se configura o crescimento sustentável."
Fonte: Sinduscon - SP