Revitalização em São Paulo pode ter projeto de estrangeiros
Escritórios internacionais de arquitetura podem participar da licitação que vai escolher projeto urbanístico para a revitalização da região da Nova Luz, no centro
23 de abril de 2009 - A Prefeitura de São Paulo quer que escritórios internacionais de arquitetura participem da licitação que vai escolher o melhor projeto urbanístico para a revitalização da região da Nova Luz, no centro. O diretor de Desenvolvimento e Intervenção Urbana da Empresa Municipal de Urbanização (Emurb), Rubens Chamas, afirmou que se estuda uma concorrência que valorize profissionais com experiência comprovada na revitalização de áreas degradas em diferentes lugares do mundo.
“Temos um bom produto e vamos valorizá-lo. Queremos contratar escritórios que já tenham trabalhado em áreas com essa dimensão. Não importa se o escritório é nacional, internacional ou um consórcio com profissionais do Brasil e de fora”, diz Rubes Chamas. Os projetos de concessão urbanística e da Nova Luz foram aprovados ontem na Câmara. Dessa forma, passa-se agora à fase de definir qual o órgão da Prefeitura vai lançar a licitação do projeto no mercado e quais os critérios que serão usados para a concorrência.
O Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) defende que o projeto da Nova Luz seja contratado por um concurso público internacional. “Temos bons arquitetos brasileiros capazes de vencer o concurso. Pode levar mais tempo, mas é a forma mais democrática para se escolher um projeto para a área”, afirma a arquiteta Rosana Ferrari, presidente do IAB.
Apesar de garantirem o poder de chancela sobre os projetos do Executivo, os vereadores não colocaram no texto final de concessão da Nova Luz quais serão as contrapartidas dos empresários que se instalarem com incentivos fiscais na região conhecida como cracolândia. O texto também foi aprovado ontem em segunda votação. No texto substitutivo do governo, ficou definido que 40% da área concedida terá de receber obras de interesse social, como moradias populares. O número de moradias que o consorciado terá de construir, porém, não foi definido.
Fonte: O Estado de S. Paulo