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Robôs suprem carência de mão de obra em Cingapura

Texto: Redação AECweb/e-Construmarket

De construtoras a bares, empresas veem na tecnologia uma alternativa às consequências geradas pela pandemia de Covid-19

robô mostrando um menu em restaurante de Cingapura
Entre os estabelecimentos que já aderiram à tecnologia estão bares, bibliotecas, hotéis, cafés, e, sobretudo, as construtoras (Foto: Justin Adam Lee/Shutterstock)

30/05/2022 | 14:29 – Muitas empresas de Cingapura ainda têm enfrentado consequências severas da pandemia de Covid-19, como a ausência de mão de obra, um problema que vem sendo contornado com o emprego da tecnologia. Isso porque os canteiros e estabelecimentos estão substituindo os funcionários por robôs, uma alternativa cada vez mais comum no país.

Entre os estabelecimentos que já aderiram à tecnologia estão bares, bibliotecas, hotéis, cafés, e, sobretudo, as construtoras. Além de substituírem os funcionários humanos, os robôs escaneiam, transportam, computadorizam e comparam — tudo de forma automática.

Mas engana-se quem acredita que a novidade é surpreendente para os cingapurianos. O país, que sempre dependeu de mão de obra estrangeira, está em segundo lugar na lista de nações com maior número de robôs instalados (segundo os cálculos, já são 605 robôs a cada 10 mil funcionários na indústria de manufatura), perdendo, somente, para a Coreia do Sul (com 932 robôs).

Os dados são da Federação Internacional de Robótica, ainda de 2021. Para corroborar o relato, o Ministério da Mão de Obra também divulgou que, entre dezembro de 2019 e setembro de 2021, a perda de funcionários humanos no país ultrapassou a casa dos milhares.

A construtora Gammon, por exemplo, investiu em um androide de quatro patas, o “Spot”. Construído pela estadunidense Boston Dynamics, o autômato escaneia seções de lama e cascalho para verificar o andamento do trabalho, além de enviar dados para a sala de controle da construtora. O gerente geral da construtora, Michael O’Connell, contou que o robô, sozinho, faz o trabalho de dois funcionários.

Nas bibliotecas, o relato é semelhante: os robôs digitalizam estantes ao escanear as etiquetas de mais de 100 mil livros da Biblioteca Nacional de Singapura, o que corresponde a cerca de 30% da coleção nacional por dia. "Os funcionários não precisam ler os números de telefone um por um na prateleira, e isso reduz os aspectos rotineiros e de trabalho intensivo", disse Lee Yee Fuang, diretor assistente do National Library Board.

Os bares em metrôs acompanham as implantações tecnológicas: os usuários do transporte público já até se acostumaram a serem servidos pelos androides.

Keith Tan, executivo-chefe da Crown Digital (que criou o robô barista), conta que ao mesmo tempo que a tecnologia auxilia na resolução da escassez de funcionários, cria cargos bem pagos para ajudar a automatizar o setor.

Com informações do G1

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