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Salário na construção civil cresce 26% desde 2003

Texto: Redação AECweb

Pagamento chega a R$ 925; valor, no entanto, é menor do que média de outras carreiras

06 de abril de 2011 - O setor da construção civil está pagando 26% a mais do que em 2003, segundo um estudo da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgado na última terça-feira (5). A pesquisa foi realizada em parceria com o Instituto Votorantim.

Há oito anos, os profissionais desta área recebiam, em média, R$ 735; em 2009, os salários subiram para R$ 925, aumento de 26% ou um quarto da remuneração.

Ainda assim, o funcionário de construção recebe menos do que a média geral dos trabalhadores ocupados - que ganhavam R$ 900 em 2003 e passaram a receber R$ 1.094 em 2009.

Apesar de aumentarem, os salários ainda estão abaixo dos valores de 1996. Na época, quem trabalhava na construção civil ganhava R$ 937, contra R$ 1.082 da média dos ocupados. O valor da hora trabalhada também mudou: passou de R$ 4,80 em 1996 para R$ 3,60 em 2003, e por fim chegou a R$ 4,60 em 2009.

Marcelo Neri, pesquisador da FGV e coordenador do estudo, destaca que a demanda por mão de obra aumenta nos momentos de economia aquecida, pois a sociedade se sente “confiante” para fazer uma reforma ou comprar uma casa.

Apagão

No entanto, especialistas alertam para o apagão de profissionais, que ficará mais forte, uma vez que os jovens trabalhadores evitam entrar nesse setor. Por não verem “glamour” na profissão, os estudantes das classes D e E estão procurando outras áreas de atuação, diz Izilda Leal Borges, gerente de atendimento ao empregador do CST (Centro de Solidariedade ao Trabalhador). “O jovem quer criar, [quer] entrar no mundo corporativo, ter status e fazer esforço mental, não físico. A construção civil exige esforço físico”.

Para Rafael Gioielli, gerente de pesquisa do Instituto Votorantim, quem está entrando no mercado agora procura trabalhar com novas tecnologias. “O jovem migra para outros setores. A construção civil emprega pouca tecnologia, e quem é novo não gosta disso. É uma área muito braçal, que paga pouco”.

Neri também destaca outro dado importante sobre as famílias: a renda de quem não tem nenhum ano de estudo está crescendo a taxas de 6,5%, contra 0,5% de aumento daqueles que têm nível universitário.

Fonte: R7

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